28.4.11

Futuras instalações do "Núcleo Museológico Industrial do Tramagal". O protocolo relativo à implementação deste núcleo foi aqui assinado no passado dia 26 de Abril. Mais informação no portal da Câmara Municipal.

6 comentários:

João Baptista Pico disse...

Leiam o blog "picozêzerABT.blogspot.com"
Será a falència da JUNTA e da Câmara, que acabarão por deixar o edifício recuperado nas mãos das duas empresas privadas, ditas parceiras no projecto do Museu.
Tenho pena, mas é a verdade nua e crua...
Para aqueles que perguntavam o que queria do Tramagal direi: abrir-lhe os olhos!

valentim disse...

Ola TZ

isto vai servir para quê? criar emprego? atrair pessoas? provavelmente para nada....
qabraco

João Baptista Pico disse...

Os dinheiros para obras em prédio privado para exibir espólio privado, que a todo o momento - no final das obras ou por ali perto, à primeira zanga! - pode sair do Tramagal, para casa de novo dono. Está lá tudo escrito no Protocolo!

Claro que estas coisas só acontecem aos outros. A RPP Solar seria no Pego e a Clínica Ofélia estava para ser na Encosta de Abrantes.

Há mais de 50 anos, já ouvia "estórias" destas mal desapeava em Santa Apolónia.

João Baptista Pico disse...

O desejo muito gratificante de um povo ter guardado em MUSEU o importante espólio da antiga MDF é um caso muito sério e estimável.
Só que a Junta ou a CMA não são as donas desse espólio. Esse espólio é de 2 empresas, e o Protocolo diz que a todo o momento esse espólio pode ser vendido ou dado em pagamento a terceiros, desde que a empresa precise de realizar dinheiro. Isto vale para o espólio e vale para a sede que a Junta teria que restaurar e 200 mil euros não chegam para nada!

Estamos a falar de um museu que toda a gente gostava de ter, mas nunca iria ter como seu. É esse o grande logro desse triste Protocolo assinado por quem quer "mostrar serviço" a qualquer preço!
É preciso pensarem antes de novo desgosto. É que o Tramagal ainda está para recuperar o espólio, que afinal não tem. Não é do Tramagal. É de duas empresas privadas donas dos prédios e do espólio da MDF. Está lá escrito no Protocolo!
Desculpem esta má notícia.

Joaquim disse...

Concordo com o senhor Pico quando nos observa que, no Tramagal está a acontecer a privatização de um museu que devia ser pertença do povo e um bem público.
A sustentabilidade económica deste museu privado passará pelos invariáveis subsídios estatais e pelo sistema empresarial das público-privadas a que nos foram habituando. Concordo com o senhor Pico no que concerne ao desígnio das peças que serão expostas na rua da Forja, que se sujeitarão a saques, vandalismo e às condições atmosféricas que as degradarão. Se bem atentemos ao monumento da autoria de Charter’s de Almeida, levou um desbaste no mato das cercanias porque foi visitado formalmente pela comitiva da Ministra da Cultura, senhora com raízes no Tramagal e que em muitas outras ocasiões não protocolares se terá cruzado com o estado de abandono a que essa zona foi votada. Atentemos aos suportes para arrumação das bicicletas, que se nos revelam rodeados de vegetação, enferrujados e degradados.
Aproveite, senhor Pico, para estabelecer paralelismo entre esta iniciativa de cariz popular representativa dum povo de metalúrgicos, mesclado de gentes recrutadas das diversificadas regiões do país, em que se pretende recuperar as instalações existentes, com a construção de raíz, do Museu Ibérico para albergar a colecção de peças arqueológicas que nada se identificam com os valores culturais desta região?
O que vejo na viabilidade destes museus de cariz distinto, é um mero equilíbrio de interesses e, considerando a conjuntura económica que atravessamos, gorado o Museu Ibérico foi a miragem que não passou do papel e que serviu de grosso modo para rechear as contas bancárias de uns quantos arquitectos e antevisionários, integrados no sistema rosa, e, para não se dar por gorada a empregabilidade de alguns job’s que se alinhavam, em tempo oportuno se valorizou a identidade deste povo, resultando reforçada a viabilidade do Núcleo Museológico Industrial do Tramagal inserido na Rede Museológica de Abrantes, onde certamente surgirão outros núcleos similares por este concelho adiante.
Resta sabermos com quantos empregos directos e indirectos estes núcleos museológicos contribuirão para as populações locais, ou não se cingirão à “mão-de-obra especializada” dos tais forasteiros que alguns tramagalenses, quais náufragos isolados numa ilha, fazem questão de escorraçar, que seja, da internet!
Tão simples quanto isto.

João Baptista Pico disse...

O direito de preferência parece não fazer parte do vocabulário usado nas minutas dos protocolos.
Havendo obras a fazer, e depois de tanto se insistir na precaridade do título de propriedade, aludindo detalhada e insistentemente nas diversas modalidades de alienação e transmissão da mesma, fazia sentido que a CMA e a Junta acautelassem esse direito de preferência em relação a quaisquer outros compradores ou adquirentes. Inclusivé, diante de qualquer hipótese de penhora, ou hasta pública.

Essa lacuna, quanto ao direito de preferência no clausulado protocolar é demasiado grosseira e desrespeitadora dos genuínos sentimentos culturais e afectivos dos tramagalenses e de muitos outros abrantinos que ali trabalharam.
Imperdoável, de todo!

Não há palavras para expressar tamanha repulsa.
O poder local sai manchado com este erro clamoroso e quiçá, com laivos de acinte e crueldade.