O arranjo do sítio da barca de Tramagal e, já agora, dos cais de Rio de Moinhos, é um tema recorrente nas conversas de tramagalenses, nas promessas de políticos e até na blogoesfera. Porém, só num concurso promovido pela Câmara de Abrantes tive oportunidade de ver expostas, em anteprojecto, algumas propostas sobre o que podia ser esse arranjo.
Estimulado pelas belas imagens que o Abílio Pombinho ontem expôs no blogue LAGAMART, dei comigo a pensar no que se podia fazer para beneficiar esses espaços e aumentar o seu aproveitamento social e económico.
Considerando condicionantes financeiras e ambientais, a exequibilidade das ideias (imaginemos que se podia fazer até ao Verão) e a imprescindível preservação da qualidade natural e paisagística dos lugares, partilho convosco algumas medidas simples, que julgo que se podiam executar com baixo custo privilegiando o uso de "engenharia naturalista":
- Dotar os lugares de água, sanitários e electricidade;
- Realizar limpeza e regularizar áreas de estadia;
- Instalar mobiliário, (por exemplo do lado de Tramagal 30 lugares "sentados à mesa", grelhadores, bancos, estruturas de sombreamento, contentores para resíduos, baloiços);
- Melhorar percursos pedonais;
- Ordenar o estacionamento automóvel;
- Disponibilizar informação de segurança, da qualidade da água e turística;
- Desenvolver plano de comunicação e publicidade.
Entretanto, podia-se ir trabalhando para:
- Instalar estruturas de apoio com serviços de snak/bar e comercial;
- Melhorar as condições balneares;
- Estabelecer programa de monitorização da qualidade da água;
- Reactivar a barca/travessia;
- Integrar estes lugares nas redes de espaços de uso público e em rotas de passseio pedestre e de bicicleta;
- Apoiar a criação de empregos;
- Incentivar o aparecimento de alojamento turístico nas localidades;
- Incentivar a reabilitação do edificado na envolvente.
(post em construção)
4 comentários:
Até que enfim!
Deixe lá para trás qual é a margem mais soalheira, porque essa sua definição até prejudicava o Tramagal visto ali do lado do Cruzeiro.
Agora repita a dose de pequenas benfeitorias como as que apontou e sempre estiveram na minha mente na mente do Abílio Pombinho que muito me ajudou a desenvolvê-las e até a vivê-las e coloque-as na margem do lado de Rio de Moinhos.
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Raios me partam, se havia, câmara séria e responsável, governo, CE, FMI, ou lá quem fosse, que não arranjasse logo 3 ou 4 milhões de euros para uma ponte simples...
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Como na anedota do outro , aquele terreno até dava milho! Ao que o agricultor logo negava: Não dava não!
E insistia o técnico, mas eu sei que ali dava cereais!
Ao que o velho agricultor lhe respondia: Não dá não!
Porra, gritava o tecnocrata, não me diga que se semeasse ali milho, não não milho?!
-Ah, se semear dá! - concordava agora o velho agricultor. - Se semear dá...!
Muito bem, TZ, bom desenvolvimento.
Admito que as condições balneares e a qualidade da água sejam questões complexas, com interdependências complicadas, como o tratamento de águas residuais e o caudal do rio. Mas, mesmo sem condições balneares, seria um projecto de relevante interesse e a não carecer de um significativo investimento.
A fossa-etar da Lamacheira que está a montante deste espaço, tanto julgo saber e aí a uns 100m não tornava difícil colher num reservatório à beira da água e lançar por bombagem os resíduos para a etar da Lamacheira.
Só que não se mexe na zona blanear na Barca porque isso colocar a nu essa imprevidência da etar da Lamacheira a desaguar para o rio e a zona balnear os resíduos com tratamento secundário e, desde logo, deficitário e medíocre quanto a purificação e tratamento eficaz e sério.
Era das tais compartidas pela construção da barragem, como já acontecia com o Rossio, o Pego e Rio de Moinhos. Era tudo à volta dessa barragem.
Assim continuamos a falar de água do rio, quando o que existe é uma mistela de água de n fossas de Espanha que se juntam às n fossas mais ou menos disfarçadas de etares do nosso Médio Tejo...
É por isso que se vai fingindo desculpas atrás de desculpas.
É um faz de conta.
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Engraçado que só hoje lá tenhamos todos chegado a este ponto: saneamento de verdade!
Creio que a população já nem pedia a construção de uma zona balnear. Só que na vila tivéssemos um “digno” parque de merendas, cuidado e com mesas já seria salutar. Claro que se nos quiserem dar uma mão vamos querer o braço e depois o corpo todo, mas como já estamos habituados a que nos dêem só um dedo (o do meio da mão) é melhor pedir no mínimo a mão toda.
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