Ei Mén lamacheira! Coloca uma foto mais recente da fábrica de travessas! Que essa já tem um tempo! Quanto ao futuro das empresas de ferrovia em Tramagal! Exportação é o futuro! Exportação, amigo! O caminho faz-se caminhando, ficar á espera que fassam por nós. Isso não resulta! INOVA TRAMAGAL
Amigo "em Tramagal" A exportação. É uma boa solução, mas a verdade é que as nossas empresas viam no TGV uma forma de dar vigor ás suas estruturas, através do trabalho que iriam ter.
As fotos expostas, a quando da publicação, teriam talvez 30 minutos.
Neste link http://www.flickr.com/photos/jomorgado/4407312134/ um comboio de travessas a caminho do Poceirão. Tenho visto carregar estes comboios para o Poceirão, na península de Setúbal, que vai ter uma plataforma logística e tende a ser o novo "entroncamento da rede ferroviária". Não compreendo porque o Entroncamento, ou a região de Santarém, em geral, está a ser marginalizada na rede de TGV, preterida por Leiria, quando tinha seria muito mais barato e mais fácil implantar a rede e até estabelecer a ligação a Espanha por aqui, fomentando a "cultura ferroviária" existente...
Será que os carregueiros que acostam em Setúbal com carris e travessas de betão para Angola e não só, podiam acostar na Ribeira de Santarém ou ainda subirem até ao Cais da Barca? E os modelos do TGV necessitam ou usam estes tipos de travessas e de carris expostos na GEOFER? Expliquem lá isso melhor...
Isso mesmo! Alguma vez o sr. Lmamcheira, viu alguma das administrações das empresas de ferrovia do Tramagal dizerem que estavam á espera da obra do TGV para continuar e aumentar a sua actividade? Que eu saiba não se ganham concursos de obras publicas de interesse nacional antes de serem aprovados definitivamente pela assembleia da republica!
A informação extravasou as fronteiras da empresa pela boca de alguns funcionários, que acredito saberem do que falam. Da parte das administrações destas ou de outras empresas só se assume seja o que for quando o “pássaro estiver na mão”. Ou também é daqueles que acredita que o 1º ministro não sabia de nada acerca da compra do grupo da TVI pela PT.
As travessas da foto e as que vão de comboio para o Poceirão (link de imagem no meu comentário anterior) são da bitola actualmente existente nos caminhos de ferro portugueses. Não sei a que obras se destinam, devem ter ido para o Ramal do Porto de Aveiro (recentemente inaugurado) e para a ligação ferroviária Sines – Elvas que integra o “Eixo Ferroviário Convencional de mercadorias de Sines e Algeciras a Madrid e a Paris”, correspondendo a uma das linhas da Rede Transeuropeia de Transporte (RTE-T) – integra o corredor nº 16 das RTE-T. Dada a importância de que se reveste a nível europeu, prevêem-se criar as necessárias condições de interoperabilidade designadamente a nível da sinalização, com a utilização do ERTMS nível 1, e da via com o emprego de travessas polivalentes que permitirão a futura mudança de bitola com programação a articular com idêntico processo a realizar em Espanha. (in: http://www.refer.pt/Documentos/Sines-Elvas.pdf ) . Também não sei se alguém declarou expressamente que o "cluster" ferroviário local estava interessado em opor-se a futuros concursos do TGV, mas parecem-me óbvias as vantagens comparativas que o Tramagal tem para produzir alguns elementos desse sistema, embora possa ficar condicionado pela falta de ligação à nova rede na nova bitola (posso estar enganado, mas parece-me que, a nível nacional, o interface entre as duas redes ferroviárias não anda a ser devidamente acautelado). . A acessibilidade ferroviária, a disponibilidade de áreas para instalações fabris, a disponibilidade de areia e a existência de mão-de-obra competente serão então vantagens determinantes para o desenvolvimento destas indústrias tramagalenses. Algumas produções, como estas, que são transportadas por comboio, com preço de transporte/volume relativamente baixo, não têm grandes condicionantes de localização, isto é, não precisam de estar próximo do local de consumo, não precisam de lá chegar a grande velocidade. O que é importante é que cheguem a "tempo e horas" e que consigam chegar, e nesse aspecto, estando o Tramagal conectado , está ligado ao Mundo, fazendo parte do "hinterland" de vários portos, desde logo Sines (de onde vem o carvão a caminho do Pego), Lisboa, Setúbal (importante para o escoamento da indústria automóvel),ou Aveiro... . A questão da navegabilidade do Tejo, até Santarém ou Tramagal?, parece-me desnecessária e um investimento de todo incomportável, apesar da UE estar a privilegiar o transporte por barco. Não há na região produções com escala que a justificasse, a não ser, eventualmente, na própria areia do Tejo... produtos florestais, o carvão para a central? ... não parece justificar. . Sobre as intervenções no Tejo, seja a navegabilidade ou a criação de novas barragens a jusante das existentes, sou de opinião que nada as justifica, devendo em alternativa promover-se e organizar-se a qualificação do rio e dos usos associados: pesca e piscicultura, fornecimento de água para uso agrícola, industrial e humano, uso balnear... um rio sem barragens, livre, natural, nos dias que correm é um activo importante e o Tramagal está na cabeceira desse rio.
A areia não é o principal. O cimento, a brita de arestas vivas das pedreiras e não o seixo do rio arredondado de fraca consistência para o betão das travessas, o aço são outras componentes, que não existindo no Tramagal lhe retiram no conjunto a valorização quanto à localização do Tramagal. . Nem a areia tipo da Carapinheira, mais argilosa serve para o betão pois é o que na gíria se designa por areia podre ou barrenta, apenas aplicável no reboco, nunca no betão. . Fornecimento de água para uso agrícola, industrial e humano, na cabeceira do Tramagal, parece não ser compatível com o facto de a água correr no sentido descendente do rio. Pelo menos desde que o mundo é mundo. Também parece não ser um activo importante, sabermos que em seis ou oito meses do ano, o caudal existente, muito condicionado por Espanha - um mal que ainda irá durar por muitos anos - é de seca. Logo quando em quatro ou seis meses do ano a água corre com mais abundância e com cheias pelo meio, é que faz sentido avaliar esses caudais e pensar neles como reservas importantes para mais de um ano, se possível for. E como depois de um ano de chuvas podem suceder de dois até quatro anos de seca subsequente, faz sentido recorrer à forma de represamento das águas, como a forma mais credível de juntar e gerir a água. . Castelo de Bode é um represamento que até colheu a bandeira azul nas suas águas e alimenta Lisboa de água para uso humano e parte de Abrantes. Chainça é um bom exemplo de como essa albufeira estando na cota máxima dos 120 m dá outra força às nascentes dos poços. As águas sujas e a falta de tratamentos dos dejectos ao longo do Tejo fazem pensar numa grande obra de tratamento de águas. Custa dinheiro. Só usando as receitas do aproveitamento da componente hidro-eléctica dessa barragem tipo Almourol se poderá enfrentar esse problema das etares ao longo do Tejo ou numa concentração algures a jusante que reuna os dejectos de um ou mais concelhos ribeirinhos. . Mesmo admitindo a "eliminação" de alguns bons hectares de terra agrícola com a barragem, ganha-se maior índice de produção na parte sobrante e acima de tudo a certeza de haver água para uso agrícola na restante área no verão, e melhor abastecimento dos lençóis subterrâneos que se alargam muito para além das margens do rio Tejo. O lençol de água subterrâneo do Taínho/Alferrarede e Rossio, Bemposta prossegue até Alcácer do Sal e Grândola, 10 % do território nacional em área. Sendo certo que os actuais terrenos agrícolas nas margens não possam ser postos em causa com a exploração actual, muito à base dos cereais e que obriga ao uso de pesticidas e adubos químicos em grandes doses, o que parece não ser ambientalmente sustentável a breve prazo. Se forem usados diques o alagamento em tempo de cheias pode ser na mesma utilizado com outros cálculos de gestão integrados. . Aumento dos postos de trabalho, isso nem merece contestação. Riquezas variadas idem. Turismo idem. Perspectivas de futuro garantidamente mais auspiciosas. Há um preço sempre a pagar... E nada se consegue sem muita imaginação e muito trabalho. Barragem dá trabalho: dá! Cruzar os braços parece mais fácil. O PEC e o fim deste PEC e a chegad de outros PEC para lá de 2013 dirão de sua justiça. Não esperem nada de bom, nem de facilidades. O concelho entrou em plano inclinado. Não vale a pena disfarçarem... . É simpático ser contra a barragem. Mas economicamente, com as carências de energia que se temem, nunca é demais prevenir. Isto sem irmos já ao ano de 2025, que é já daqui a 14 anos, quando se prevê que os chineses já terão uma frota automóvel equivalente à actual frota média dos europeus. Aí, todo o petróleo dos árabes não irá chegar para o consumo chinês. .
Caro João Baptista Pico, Permita-me comentar o seu comentário: 1- Talvez a areia não seja o principal, mas é uma das matérias primas usadas na produção de travessas e é certamente uma das principais produções do Tejo e um bom exemplo do tipo de produtos que poderia usar o transporte fluvial. 2- O cimento, a brita, o aço são também exemplo de matérias primas cujo transporte ferroviário , fluvial ou marítimo é hoje relativamente fácil e barato. A desnecessidade de investir na navegabilidade para viabilizar o seu transporte prende-se com a pequena dimensão/volume do consumo e produção regional dessas matérias face ao elevadíssimo investimento inicial da infra-estrutura. Julgo que o transporte ferroviário permite a acessibilidade desses produtos a preços competitivos no panorama nacional e ibérico. 3- Disponibilização de água de qualidade para uso agrícola, industrial e humano será sempre um dos valores do Tejo. Apesar de o Tramagal poder aproveitar directamente desse potencial do rio sem grandes obras de engenharia, conforme sucede já, a referência que fiz ao facto da localidade estar na cabeceira do “Tejo livre” teve mais o intuito de alertar para a responsabilidade/potencialidade decorrente da sua posição – especialmente a partir do açude de Abrantes devem garantir-se elevados níveis de qualidade do rio. 4- A Convenção de Albufeira estabelece as “condições” do Tejo nacional, nomeadamente o que depende de Espanha. Nesse quadro, o regime do rio está relativamente “regularizado”. Não se prevendo dramáticas alterações climáticas, os males de seca e de cheia podem considerar-se normais e uma gestão mais eficiente do recurso, em particular na rega agrícola, permitirá a sustentabilidade. 5- O sistema aquífero do Tejo – Sado que refere (http://snirh.pt/snirh.php?main_id=4&item=4&objlink=&objrede= ) é a reserva estratégica de água que dá segurança ao sistema. É entendido como a grande reserva nacional de água e encontra-se ainda muito pouco explorado. Tem água para décadas. 6- É de facto normal que, como sucede com o Castelo de Bode, represar a água de rios e ribeiras favorece o reabastecimento das águas subterrâneas, mas, mais uma vez, terá que haver racionalidade económica que justifique. 7- Concordo totalmente que as” águas sujas e a falta de tratamentos dos dejectos” tenham solução urgente e deixem de contaminar o Tejo. Já não concordo é que seja a “componente hidroeléctrica” a custear esse tratamento. Aliás, é de lei, vai fazer subir o preço da água nos sistemas de fornecimento e tratamento ineficientes, no sector da água usam-se os princípios do “poluidor-pagador” e do “utilizador-pagador” . Os “mega sistemas de tratamento” parecem estar hoje a sair de moda porque os custos da energia e exploração estão a torná-los caros demais. Hoje, em regra, sai mais barato abastecer e tratar localmente, terá que se avaliar devidamente a solução – no actual quadro comunitário só são financiados projectos que demonstrem claramente a sua viabilidade económica e financeira (aproveito para confessar dúvidas que tenho sobre o preço da água em Abrantes se houver que suportar o abastecimento ao Tramagal a partir de um reservatório central no “cabeço”; seria outra conversa e desconheço os pormenores do projecto, existe? …) (continua...)
8- Admitir “a "eliminação" de alguns bons hectares de terra agrícola” num País onde o terreno agrícola de qualidade é raríssimo parece-me um péssimo princípio. O rendimento da “parte sobrante” nunca poderá aumentar para compensar a área inutilizada pela barragem (a lei dos rendimentos marginais decrescentes ajuda a explicar a questão). Caro JBP, o custo da não produção agrícola, anos a fio e a valores actualizados, é um custo de produção da electricidade e tem que aí ser contabilizado. 9- Partilho alguma preocupação pelo uso de “químicos” na agricultura. Mas hoje há maior consciência no sua utilização e parece-me que a sustentabilidade ambiental e agrícola do Ribatejo não está a ser determinante afectada por esse factor. 10- “Aumento dos postos de trabalho, isso nem merece contestação”? Eu completaria esta sua frase dizendo que isso é uma “miragem”. Quantos empregos o Castelo do Bode criou na região? É geral: uma barragem é uma espécie de um deserto de água… Não sucedendo a intensificação da agricultura em práticas mais intensivas em mão-de-obra (por exemplo no caso espanhol teve que ser “importada” de Marrocos”), o aumento de emprego é zero. 11- “Riquezas variadas”? Também não, as barragens que se propuseram para o Ribatejo eram uma monocultura de electricidade. 12- “Turismo”? Com o potencial turístico do Castelo do Bode e de Belver todo por explorar… Estou convencido que um “Tejo livre” atrairá mais turistas que uma “Albufeira de Almourol”. 13- Ao considerar inoportuna a construção de barragens a jusante das existentes não estou a “cruzar os braços”. Há muito para fazer. Talvez a defesa da barragem seja uma atitude mais passiva: entregar o Tejo à EDP, ou à Iberdrola, ou a outra empresa eléctrica qualquer, e ficar à espera que daí caia alguma coisa… 14- Para terminar: em previsões catastrofistas e no “papão chinês” não acredito.
Comecemos pelo fim: 14- Henrique Neto - que é um empresário de sucesso e ex-deputado socialista, portanto algo insuspeito na denuncia - há dias no Plano Inclinado mostrou como um empresário de um dia para o outro ( ele próprio nos moldes) pode ver os chineses a produzir o mesmo produto que ele ou outro industrial europeu e a preços muito mais baixos. A par da deslocalização conhecida, isto só tem uma leitura: o Ocidente está cativo e refém da produção chinesa demasiado competitiva para os padrões de vida ocidental realidade que os chineses não respeitam nem seguem! . Neste momemto, caro TZ, a questão não é mais de você acreditar ou não. A questão é só uma: produto que os chineses iniciem a produção, é a curto prazo, um produto onde eles serão os únicos a produzi-lo, arrasando os restantes competidores. Aos produtores ocidentais só resta irem ficando com uns nichos de mercado e de produto onde os chineses ainda não conseguiram entrar o que é pouco. . A globalização ainda trará mais miséria futura. Repare que a alta finança quer é negócio e não se interessa se há 5 milhões de trabalhadores em Portugal no desemprego. Deslocaliza as fábricas para a China e nada a fazer. O embargo da CE e dos EUA não está fácil, porque a China já detém capital nas empresas ocidentais e no mercado mundial, capaz de fazer as suas represálias económicas. O jogo é esse. Pode continuar com a sua opinião, sendo certo que não está a querer ver com olhos de ver... A solução será nós no Ocidente passarmos a ganhar e a viver como os chineses. É isso a que podemos ter que chegar, pese os graves tumultos sociais que nos espera. Ou na geopolitica, a CIA tentar uma "desestabilização" política em Pequim e armar um conflito no grande país, o que não parece ser fácil. Nem se deseja, pois a guerra atómica podia disparar e tornar o mundo ainda mais explosivo. (continua)
CONTINUANDO: 13- Defesa da barragem não é entregar a barragem à EDP ou à Iberdola! A concessão é paga e convenhamos que 100 milhões de euros ( se não forem direitinhos para o défice de Sócrates, como há esse perigo e o Médio Tejo ficar a ver navios) é um bom começo. Depois há os tratamentos de redes de esgotos e outros trabalhos hidráulicos de monta e há a célebre "indemnização" pelos 10 milhões do açude submerso, que poderá ir para o concelho de Abrantes, fora outras sobras... . Por outro lado há a sustentabilidade e o reforço e aumento da produção energética (hídrica) que pode gerar maior aproveitamento da eólica na articulação entre ambas. A energia eólica está a ficar-nos cara e precisa de ser articulada com a hídrica através da bombagem das águas depois de passarem pela turbina a primeira vez, para aproveitar o desperdício de eólica ou o seu sub-aproveitamento nas madrugadas e noites de temporal. Depois a produção de Almourol não pode ser só vista como uma coisa que interesse à Barca ou ao Tramagal ou a Constância ou a outro concelho apenas. Mas sim à produção nacional de energia eléctrica, ao país e à sua estratégia de independência nacional e de independência energética. E alguma independência mais neste país é como pão para a boca. A SEGUIR já VAMOS AOS POSTOS DE TRABALHO após as albufeiras...
10 - 11 - 12 Mais Postos de Trabalho Riquezas Variadas Turismo TUDO após a barragem:
Estou em desacordo consigo nestes três pontos. Vejamos logo a sua CONTRADIÇÃO quanto a + postos de trabalho ao referir e bem que a intensificação das explorações agrícolas com os transvases e barragens e irrigação e obras hidráulicas que estão associadas ao que defendi no conjunto do incremento da actividade agrícola - até aqui tudo bem Caro TZ - só que asua CONTRADIÇÃO está nisto: - "a intensificação das explorações em Espanha gerou emprego Zero, porque tiveram que importar mão de obra de Marrocos"!!! REPARE Caro TZ: O que diz é um absurdo! CONTRADIÇÃO ABSOLUTA! . Tanto houve aumento dos postos de trabalho que teve que ser importada mão de obra de Marrocos. Como o aumento de postos de trabalho na construção civil e turismo de habitação gerou a importação de mão de obra qualificada PORTUGUESA!!! . Está a confundir outra questão, que é a dos espanhóis não terem aceitado ou apreciado muito esses postos de trabalho e terem-nos "entregue" nuns casos a marroquinos e no outro a portugueses. Mas que gerou mais emprego isso gerou. E repare que não está a fazer as contas à produção dos marroquinos para Balança de Transacções e no aumento do PIB espanhol, e se quiser nos rendimentos acrescidos nos empresários agrícolas espanhóis, nos serviços nas empresas de transportes espanholas ou até portugueses ( a camionagem Luís Simões que o diga...)mais alimentos espanhóis exportados. Queria mais? Acha pouco? . Com a barragem de Almourol teremos um lago com cerca de 50 km de expensão, desde Alvega/Mouriscas até Almourol e ainda a derivação de 7 km para o Zêzere e foz do Nabão até à Linhaceira! Barcos de médio porte já poderão navegar. Não há mais a "charca do mar de Abrantes" uma garotice sem paralelo. Não há mais a piroga ou o kayak para cada um dos abrantinos. Há verdadeira circulação num lago comum a vários concelhos. Com certeza que as contrapartidas para as etares terão que sair do pagamentro da concessão pela EDP ou Iberdola ou de quem se propuser construir a barragem e outras importantes obras hidráulicas, com na Foz do rio Torto e foz da ribeira de Rio de Moinhos e Abrançalha. A BARCA no Tramagal poderá conhecer outro incremento. Porque a circulação e a motonáutica vai ser mesmo uma coisa séria. . Não diga que o Tejo sem água como o temos visto nestes últimos verões atrairia mais turistas. Aliás não há turistas fora os jovens do Estoril convidados pelo Neó e mais a Federação de Canoagem. Isso não é turismo. É propaganda oca. (continua)
Ainda o TURISMO nas BARRAGENS Como o TZ reconhece e afirma - LÁ ESTÁ OUTRA CONTRADIÇÃO SUA, desculpe insistir, mas foi isso que escreveu - o "potencial de Belver e Castelo de Bode continua por explorar"! NEM MAIS! É o TZ que reconhece haver "POTENCIAL POR EXPLORAR" nessa barragens de C. Bode e Belver. E nisso está certo. . A OMISSÃO só se comprende na medida em que Belver e Castelo de Bode não ficam dentro da cidade de Abrantes, como o Aquapolis das Barreiras. Portanto, a omissão teve um nome: vistas curtas do caseirismo citadino! . AGORA OS QUÍMICOS na agricultura da Borda D´ Água, sofremos com o fecho dos furos do Taínho em 2000 porque continham demasiados químicos e nitratos, para poderem ser absorvidos para a água de consumo humano. Não há nem deixa de haver consciencialização do problema. As culturas de forragens exigem-no e a monocultura dessas espécies podem levar ao desgaste completo desses terrenos no médio longo prazo. Daí que use a expressão " eliminação" de alguns hectares de bons terrenos para se obterem melhores amanhos com as restantes terras. Estamos a falar de terrenos que estão muito longe de estarem a ter uma exploração capaz e rentável durante todo o ano. Desde logo, no fim de verão já nada por lá verdega, na maior parte dos casos, porque se sabe que não há água com qualidade e em quantidade, para a própria agricultura e porque o tipo da cultura dominante de forragens de milho e soja não permitem outra rotatividade e outra riqueza alimentar, nomeadamente nas hortaliças, legumes, morangos. E ainda na floricultura. Vemos demasiados terrenos sub-aproveitados para podermos dizer que não vale a pena sacrificar alguma parcela para termos uma prodição agrícola mais rica e mais bem extruturada na mobilização de outros terrenos anexos. Vejo eucaliptais enormes em Montalvo muito perto da água do Tejo e em terrenos muito planos, quase em leito de cheia. Ora esses terrenos foram desviados da produção agrícola. Daqui se infere que não aceito que possamos imputar à produção da electricidade os custos pela inutilização de alguns hectares de terrenos agrícolas, sendo certo que o aumento da produtividade e intensidade nos restantes geram essas compensações e em muito boa remuneração. Quanto à depreciação de rendimentos idem, idem... São mais os beneficios e maior a sustentabiliudade com a barragem. E depois ainda há a produção hídrica e há a exploração turística!
FALTAVAm AS ETARES e o conceito de "utilizador pagador" para ir buscar tudo isso aos consumidores de água. . A actual crise, e todos os PEC`s que se seguirão a 2013, porque não se vê melhoras para as famílias, faz-nos admitir que isso não será mais possível, ppelo menos para vastas áreas como a beira do Tejo, sem uma alancagem inicial de um fundo externo retirado das verbas da concessão das hídricas. Não há outro meio de pagar as etares por agora. A factura dos SMAS sópara ir mantendo as actuais e ainda assim com mutas dificuldades... Temos que perceber que a crise veio para ficar e há muita gente que está desempregada e nunca mais irá ter emprego em suas vidas e até no Estado há a possibiliudade efectiva de muitos despedimentos ou reformas compulsivas com depreciação assinalável, caso contrário a reforma ainda nos ficava mais cara...! O princípio do " utilizador-pagador" é para economias estáveis e para países com outros rendimentos. Veja que os pagamentos das facturas das águas estão a ficar muito atrasadas em mutos concelhos do país, pelas dificuldades económicas dos consumidores. Não há volta a dar-lhe. Já há concelhos sub-urbanos onde não há já o corte radical da água de outros tempos. Há o recurso a ir somando ao mês seguinte e fazer dilatar os prazos sucessivamente. . Mas há um facto que quero esclarecer e aí talvez até estejamos a defender o mesmo. Não advogo que seja a electricidade a pagar o tratamento dos esgotos. O que defendo é ser a concessionária a pagar a construção das etares locais ao longo do rio. A sua actividade de tratamento futura logicamente que terá que caber aos utilizadores, a menos que haja qualquer outra anomalia pelo percurso. Aliás, no Caderno de Encargos do PNB já lá constava os esgotos do Rossio, e Rio de Moinhos por exemplo, a serem custeados pela concessionária, mais os diques e outras obras hidráulicas. Penso ter respondido ao essencial. Nas travessas de betão a questão parece-me pacífica. E nos barcos há aí um equívoco que ficará para outra oportunidade. Caro TZ: Cumprimento-o pela sua "luta" e pela sua brilhante capacidade de contra-argumentar. E só por isso já valeu a pena. O blog Tramagal precisa muito destas discussões.
Rebuscando o apontamento que atrás referia o possível fornecimento chinês, embora possível não me parece que fosse concretizável derivado ao volume de carga e ao seu peso… O transporte teria que se efectuar por barco, quase que obrigatoriamente, e tendo em conta a quantidade que vai ser necessária talvez fosse melhor começar já a enviar material.
E é melhor abrir mais uma faixa na auto-estrada marítima, porque o trânsito de barcos vai aumentar.
Até que enfim!!! Graças a Deus que acabo de verificar uma fantástica melhoria no discurso de um habitual comentador deste Blog.Tinha proposto á minha própria pessoa,e porque não sou por norma preconceituado,que quando esse comentador atirasse para o lado todo o seu EU-ÍSMO, e que explanasse todos os seus conhecimentos,com um diálogo frutuoso rico e amistoso...Estaria aqui felicitando-o.Como tal, aqui estou para felicitá-lo porque assim está conforme a minha maneira de encarar a vida «POSSO TER GRANDES VIRTUDES,MAS OS OUTROS TAMBÉM TEEM ALGO P´RA ME ENSINAR».Graças também ao TZ que proporcionou um excelente debate.Que venham mais ASSIM!!!
Estará a referir-se a quem?! Noto por ali alguma dificuldade relutante em soletrar certas sílabas. Aconselho juntar mais as letras... Nada de ter a tranca nos olhos e continuar a apontar para quem tem o argueiro... E lembre-se do slogan do João Pinto: - Prognósticos só no final do jogo.
Não estrague o que criou por agóra...Não gostaria de voltar com a minha palavra atráz.Continue com o seu discurso directo,esclarecedor, mas não incisivo;procure amizades com os tramagalenses,despertando-os para o essencial,porque de banalísmos, estamos nós fartos...E já com alguma fadiga.
Se há coisas de que eu não gosto, uma delas é estar "condicionado", porque eu sou um amante da Liberdade. O seu comentário é todo um tratado de condicionamentos. E duas ou três contradições de que talvez não tivesse dado conta. Mas eu dei. E mal iria, se dando conta delas, me remetesse ao silêncio auto condicionando a minha liberdade crítica. Ao dizer "não estrague"... "não gostaria de voltar atrás" está a entrar em contradição - a desdizer! - o que a seguir acrescentou: "continue com o seu discurso, directo, esclarecedor (...) " procure amizades com os tramagalenses, despertando-os..." . Ao querer condicionar a minha Liberdade crítica, não lhe ocorreu que poderá estar a impedir que execute tudo muito melhor, em relação ao que disse ter apreciado no "continue com o seu discurso, directo, esclarecedor"?! "Incisivo" significa mordaz, e também significa enérgico, eficaz, decisivo! . "Incisivo" pode ser o meu estilo "enérgico", "eficaz", "decisivo", que é necessário, precisamente, para escapar ao que o Atalaia também está farto e cansado - e eu também - de "banalismo". Ora e aqui residiu a sua terceira contradição. . Desculpe a minha insistência e até alguma vaidade em dizê-lo, mas olhando para trás e em relação a tudo quanto recebi em animosidade e insultos gratuitos, neste e noutros blogs, se eu não fosse suficientemente "incisivo", não estávamos agora neste patamar de evolução, a trocar estas palavras, de que nenhum de nós se irá esquecer tão depressa. Nós e todos aqueles que ao lê-las, forem capazes de as interiorizarem.
Retomando o debate (parte1) Nos dias que correm prever a longo prazo tem muito de “crença”, daí ter atrás referido que “não acredito”. É comum dizer-se que “o futuro a Deus pertence” e o conhecimento científico corrobora essa ideia: é impossível adivinhar o futuro. Compreendo a preocupação com a economia chinesa, são de facto extremamente competitivos, especialmente nas produções que usam muita mão-de-obra, de baixo valor acrescentado e que não carecem da proximidade ao mercado consumidor. Os fenómenos de deslocalização e de segmentação das produções não são novos. A mobilidade de matérias primas, produções, capitais e pessoas (estas menos) é hoje substancialmente maior que no passado. Mas é de notar que apesar disso a crise da economia mundial não se ficou a dever a nenhum “arraso” provocado pelos chineses. As causas desta crise foram a especulação e ilusão promovidas pela finança ocidental. Não foram os chineses o problema, fomos nós… e este ponto é fundamental. Entregarmo-nos à “condenação oriental” não é solução para nada, há que encontrar o caminho. Parece-me que é bem visível (mas não está a ser convenientemente seguido): é a qualificação da população activa e o incentivo ao empreendedorismo. Aqui é que está o problema fundamental do nosso País: continuam a sair do nosso sistema educativo demasiadas pessoas sem as competências suficientes para estar ao nível das capacidades dos chineses, e os nossos empresários são poucos. Que os chineses “não respeitam ninguém” parece-me um bocado eurocentrista. Convém vermos a História a tempos mais largos… o que muitos países não estão obviamente dispostos é para continuarem a ser colonizados. Isso é bom. A paz e o desenvolvimento hão-de trazer melhores dias para a humanidade. Sempre foi assim. Passados 500 anos de globalização, os índices de desenvolvimento humano (esperança de vida, taxa de mortalidade, escolaridade) estão melhores que nunca. Há algumas tendências que contrariam o fatalismo: hoje são os mercados que determinam o que se vende e não os detentores dos meios de produção; os padrões de vida ocidentais (nomeadamente de estado social) continuam a ser almejados pelos países menos desenvolvidos; as “indústrias” mais criativas, as produções de maior valor acrescentado continuam fortes nos EUA, na Europa, no Japão e desenvolvem-se na Índia, no Brasil, na China…; há um campo de crescimento económico imenso: desde logo na china onde a grande maioria da população, muitas centenas de milhões de pessoas vivem ainda no limiar da pobreza, mas também na Índia, na América do Sul, em África, … onde os chineses estão com grandes investimentos, por exemplo em Angola, que por sua vez parece ser o seu principal fornecedor de petróleo… Caro JBP, eu que nem sou tão liberal na economia parece-me estar a fazer mais fé na “mão invisível” do mercado. Não acredito na via dos embargos e dos muros, nem que o mundo seja o tabuleiro plano de um jogo em que os chineses nos querem por os olhos em bico. A globalização trará um mundo diferente, é certo, mas creio que melhor que o actual: com mais paz, mais liberdade e menos pobreza. E recordo aqui alguns temores: de Malthus quando no século XIX verificou que a população mundial crescia a ritmo superior ao da produção agrícola – era o fim do mundo; já no meu tempo, na crise petrolífera de 1973 dizia-se que o petróleo ia acabar antes do ano 2000 e o mundo acabava outra vez, … ainda espero ter gasóleo para atestar logo à tarde. Prever a longo prazo é difícil, mas parece-me que os chineses é que querem viver como nós e será isso que há-de suceder e não o inverso.
EM RESPOSTA AO TZ: De acordo quanto aos chineses quererem viver como nós ( europeus dos 15, onde 2 estão quase borda fora...e outros dos 27 já cavalgam outra onda...). Eu espero que o TZ não me ache tão cínico ao ponto de defender a colonização do 3º Mundo. Nem aceitar que países como Portugal têm que ficar a marcar passo até à chegada dos chineses ao nível médio europeu e não só. E o não só, tem muito que se lhe diga, Caro TZ. O TZ confirmou mas "atirou para canto" que Angola "parece ser o seu principal fornecedor de petróleo". Não só parece, como é mesmo! E estamos conversados quanto aos "apetites estratégicos da China"!
. Malthus estava certo na previsão e está muito actual. Apenas a ciência deu um passo em frente e conseguiu produzir mais alimentos via "industrial" e assim evitar a fome que já se temia. . Caro TZ : apontou a globalização de 500 anos como tendo dado 3 "fortunas" ao Ocidente: maior longevidade, menor taxa de mortalidade, e escolaridade. . Não é isso que está em discussão. Nem deve entrar por aí A Europa e os EUA - o mundo Ocidental - enveredou por um Estado Social com Keynes. Uma opção de vida que teve como acicate a Grande Depressão de 1929 e entre duas guerras. No "Homem Unidimensional" Marcuse que é o pensador muito querido do do "Maio de 68" já havia constatado que o autoritarismo nas relações de trabalho que Marx encontrara no séc. XIX já não existiam (URSS , CHINA e Albânia à parte). E dizia que a miséria do trabalhador era menos física, mas subsistia como miséria mais psicológica e já chegava a mais categorias profissionais para além dos trabalhadores da ganga, pois também afectava e muito os "colarinhos brancos"... . Marcuse, que nunca foi de direita, chamava-lhe "euforia da desgraça": cada um consome, age e diverte-se como os media e a propaganda subtilmente o encaminham para esse modo de consumo A forma refinada de alienação que Marcuse aponta. . . Depois fala na paz e no desenvolvimento. E eu falo nos PIGS: Portugal,Itália,Grécia e "Spain". Falo no suícidio na 3ª idade que duplicou no nosso país, nos divórcios que aumentaram imenso, a fraca natalidade que preocupa a sustentabilidade das futuras pensões de reforma. A "anomia" de Durkheim que a escola de Harvard já com Merton veio reabilitar. Por exemplo o sucesso individual não encontra hoje locais e espaço para através do trabalho gerar o estado de bem estar para todos. Há muitos desempregados! Portanto, a ilicitude começa por ser encarada por muitos, como o meio de lá se chegar. Estamos cada vez mais com maior índice de criminalidade. Há mais gente envelhecida. E há menos suporte para tantas ajudas sociais.
Há mais escolaridade, mas há menor conhecimento e menor preparação. . . Finalmente falou na "especulação" e na ganância do capital: leia-se a alta finança que ninguém hoje sabe onde começa e onde acaba. Os governos já não mandam. Obedecem! . Claro que o futuro a Deus pertence, mas não há muito por onde iniciar o empreendedorismo. Primeiro, ninguém tem uma base de sustentação para começar aí numa garagem a produzir sem nada ganhar, quando tem a pensão da casa, do carro, os filhos e a comida para pagar. Porque é muito bonito em teoria dizer que os jovens estão agora mais bem preparados - o que não é de todo exacto - e depois ninguém consegue aprovar uma fabrica no terreno que tem, porque lá vem o PDM e as burocracias todas.Ou já estão os chineses a inundar-nos com esse produto. Segundo, as escolas não estão a preparar empreendedores, mas sim assalariados de multinacionais. .
Caro João Baptista Pico, assim não me dá tempo de retorquir :). Em geral parece-me que estamos a olhar para a mesma coisa, mas um mais optimista (eu), outro mais pessimista. Neste seu último comentário entra em campos, como a eventual "alienação das massas", que também tinham muito que se lhe diga... no entanto vou ater-me a comentar o seu comentário anterior. . Retomando o debate (parte 2) A barragem e a solidariedade nacional: O dinheiro das concessões? Daquelas que se conseguiram vender? Onde é que isso já vai… Esse dinheirito da “venda do rios” não deu para pagar os deslizes orçamentais provocados pelo eleitoralismo de 2009, foi uma gota de água no desperdício da gestão pública. O investimento em obras que a barragem obrigaria seria dinheiro drenado por uma qualquer grande construtora e pouco efeito multiplicador teria na economia local, para além da venda de uns almoços e do emprego de algumas pessoas na fase de construção. E vender o Açude do Aquapólis? Isso também eu queria, mas nem a preço da “loja dos chineses” lhe pegam… Quanto à utilidade geral das barragens e à vantagem na integração dos sistemas de produção eléctrica de origem hídrica e eólica, tudo bem, há vantagens inquestionáveis, mas o que sucedeu com Almourol foi que os próprios “potenciais concorrentes” não valorizaram as vantagens acima da cota dos custos e deixaram o concurso deserto. De notar que qualquer barragem nesta zona do Tejo terá sempre uma relativamente pequena produção eléctrica por não poder ter grande altura. . Entendo também as questões de solidariedade nacional e independência energética que JBP refere no seu comentário. Mas deixe-me referir sobre isso que há muito verifico o País pouco preocupado com a promoção dos territórios rurais, deixando acentuar assimetrias, que são mais gritantes nos casos em que esses territórios prestam serviços imprescindíveis à sobrevivência das cidades litorais e do País, como sucede com esta região. Vejam-se alguns exemplos: a) Que ganhamos com a Albufeira do Castelo do Bode, que abastece de água 1 em cada 4 portugueses? A EPAL paga uma taxa de recursos hídricos pela captação, já se viu aí algum desse dinheiro? O que sobressai são constrangimentos e o abastecimento de água às freguesias de ribeirinhas do Zêzere ter chegado décadas depois de a Lisboa. b) A central do Pego produz uma cota de electricidade muito grande, julgo ser a maior do País, mais do que todas as barragens juntas (salvo erro). Por acaso temos electricidade mais barata na região? Alguém recebe alguma coisa por ter os seus terrenos atravessados por inúmeras linhas de alta e média tensão? Estamos de alguma forma a ser indemnizados pelos efeitos poluidores (bem sei que vão minimizados, mas…)? Não ficou por pagar uma sisa bilionária? c) O que ganhámos por ficar com dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos na Carregueira, que mais ninguém quis? d) E estaremos a ser devidamente compensados pelas condicionantes militares existentes? ... Há muito para além da Barca, do Tramagal, ou de Constância… mas uma ou duas pontes baratas em cada 150 anos o País não arranja? Nem pedindo? Será preciso ir para a televisão gritar “Sócrates e Lacão, é tudo aldrabão!” (continua)
Caro TZ faltou espaço autorizado para rebater o que disse a propósito da China, que "olhando a História hoje muitos povos já não estão para serem mais colonizados." . Aí discordo. A vontade dos povos do 3º mundo de não serem colonizados, não passa de pura falácia. Uma bonita intenção e nada que tenha sustentabilidade prática. Porque a vontade dos povos ainda é questão obscura e longe da cidadania que se conhece no mundo ocidental. Pode haver revoltas e revolucionários, mas apenas isso. Os países do 3º mundo ficam sempre reféns de um ditador corrupto. E este a soldo de uma potência colonizadora. Mesmo as multinacionais deixam as suas marcas. Leia " Superclasse" de David Rothkopf e verá como de forma súbtil se percebe muito do que um conjunto de poderosos faz e influencia em todo o mundo, desde gente do mundo dos negócios das ONG,da alta finança, do exército, e as "elites obscuras" da droga, ao tráfico de armas e de droga e do terrorismo, tudo quanto determinam neste mundo de desigualdades e regem acima dos governos. O que se passa em Davos, à porta fechada? Curiosamente a China do massacre da Praça Vermelha, da crueldade contra o Dalai Lama nunca foi colonizada pelo Ocidente e nos últimos 100 anos ainda antes de Mao, que havia fechado as suas portas ao mundo ocidental. Hong Kong e Macau foram a excepção. . Portanto não acredite na bondade universalista. Desde Abril que ser empreendedor foi um estigma. Ter empregados era ser explorador. Na nossa cultura foi-se eliminando o empreendedorismo de uma forma cruel. Hoje chegados a este definhamento faltam demasiados apoios e estímulos a quem quisesse e pudesse ser empresário. As nossa leis estão obsoletas. Cheias de tramóias e lacunas para criar a confusão e a paralização da vida económica. Não há confiança na rapidez e na eficácia da justiça. Entrar para o mundo dos negócios obriga-nos a pagar imensos subornos. O "Diabo" esta semana publicava um estudo de Octávio Teixeira ( PCP) e José Reis, onde dava como provado que a economia paralela esconde 25 % da nossa actividade no PIB ( 14 mil milhões fora do circuito dos impostos), quando o nosso défice dos 9,4 % do PIB é de 22 mil milhões. A média da economia paralela na CE é de 16 % e nós com 25 % e a Grécia nos 50% dá bem a ideia das coisas. Os subornos atingem os 5 mil milhões. As auditorias só descobrem 20 % das fraudes. . No calçado, tirando um ou outro nicho de mercado, os chineses até vieram comprar-nos as máquinas para fabricarem eles o calçado. E enquanto produzirem mais barato não há forma de nós colocarmos lá fora o mercado com sustentabilidade. Nem é com lojas de exportação que lá vamos, como a propaganda tola do Sócrates quis fazer crer hoje em Leiria. . Milhares de falências nos últimos anos mostram bem como este país claudicou. E não se tenha ilusão na retoma, porque há muitos empresários que já não voltarão a investir. Primeiro perderam tudo. Depois não há forma de os fazer voltar a investir com a mesma força de vontade de antes da crise. Isso é humano, verificar-se esse desalento. . Verifico que já respondeu ao comentário 28. Portanto este que agora tive que repetir a manobra é ou será o comentário 30. Só para por um ponto de ordem na conversa. Este é o pos
Retomando o debate (parte 3) A barragem e o emprego agrícola Poderei não ter sido muito explícito: Que fique claro: nada me move contra os marroquinos. Aliás, em matéria de migrações tenho ideias nos antípodas do “nacionalismo”. Aludi-lhes porque são exemplo de emprego mal remunerado nas estufas de Almeria, San Fernando, El Ejido… e hoje um problema social. O que quis dizer então foi: a) Barragens só dão mais emprego se houver intensificação agrícola, o que não é expectável no Ribatejo, onde os sistemas produtivos já são relativamente intensivos, onde o aumento de intensidade será sempre pequeno e pouco provável no quadro de controlo de custos de produção existente e de uma Política Agrícola Comum que agora incentiva os sistemas extensivos; b) Grande parte do emprego gerado pela intensificação agrícola é em mão-de-obra desqualificada. Admito que também vamos precisar desse emprego, mas do ponto de vista estratégico, fazer um grande investimento para o obter parece-me errado. c) A “huerta europea” que os espanhóis criaram nos campos de Múrcia e Almeria são de outra dimensão… essas hortas/estufas surgiram em pleno deserto e o salto foi do 8 para o 80. As condições não tinham nada a ver com o Ribatejo, onde o território tem potencialidade para actividades de maior valor acrescentado e se encontra já muito mais desenvolvido. Para além disso, o que foi possível fazer na década de 80 do século passado com as ajudas comunitárias já não o é agora. A referência que faz à Luís Simões é interessante, mas levo-a para outro contexto: exemplifica como uma empresa nacional consegue competir e vencer outras que aparentemente estariam melhor posicionadas. Serve também para mostrar uma actividade em que os chineses dificilmente serão competitivos. Na dimensão do mercado ibérico e europeu há muitos serviços e produções que não podem ser executadas no exterior. (continua)
Retomando o debate (parte 4) O Turismo de barragem e o desenvolvimento turístico da região . Se o Castelo do Bode e Belver não conseguiram o desenvolvimento turístico que JBP prevê para a barragem de Almourol, se o Alqueva vai lento na captação desse turismo, se a náutica costeira ainda tem um mar para desbravar, porque carga de água seria a nova barragem de Almourol a ter esse desenvolvimento todo? Foi isto que questionei em anterior comentário. . A promoção turística da região está por fazer. Acho que neste momento nem há estratégia nenhuma para esse efeito: é Lisboa, Alentejo, Douro, Algarve, Madeira, Açores, Serra da Estrela… o Tejo não existe como produto turístico. Mas não acho que seja a barragem o factor determinante para alavancar o turismo, e mal estaríamos se tivéssemos que aguardar por ela. Acho que o essencial já existe em abundância suficiente para cativar lisboetas desejosos de um fim-de-semana bem passado, ou qualquer pessoa (até chineses ;) que goste do rural, do sol, da história, da natureza, da paisagem, da cultura, do vinho, da gastronomia,… O turismo por aqui deve assentar na promoção dos valores culturais, ser uma coisa suave, nada de “Vales Mansos” e outros que “resorts” tais… há edificado mais que suficiente e valores turísticos em abundância e todo ano… No outro dia dei conta que a Central do Pego já deve ser a principal atracção turística do Concelho de Abrantes… O Tejo mesmo estiolado também pode ser bom, … a monotonia paisagística de uma barragem tem menor valor. A lógica Aquapólis/turismo é idêntica à da Barragem de Almourol/turismo. Só a escala é que muda. Em meu entender um e outra não têm grande utilidade turística, não compensam o dinheiro gasto. (continua)
Retomando o debate (parte 5) A barragem e a agricultura . Caro JBP, não precisaremos de esgotar o debate em torno da barragem. A agricultura e a especialização local no sector parece-me merecer debate próprio. A poluição agrícola não é admissível, julgo que hoje revela más práticas que devem ser alteradas. Não tenho na ideia ter sido declarada "zona vulnerável de nitratos" na região, mas há que ter atenção. Pesquisando "nitratos Abrantes" encontrei alguns artigos preocupantes... Do que comentei anteriormente sobre a perda de solo por inundação provocada pela barragem, fico na minha: electricidade faz-se de muitas maneiras, bom solo agrícola é mais difícil... (continua)
A lógica Aquapolis nem considerando apenas a dimensão dentro dos limites do concelho de Abrantes poderai ser a mesma coisa que a albufeira do Almourol - no Almourol, sublinhe-se!
Aquilo que eu defendi em 2003 e muito teimei no PSD, seria a de deslocarmos o açude para a ponte açude no Cruzeiro frente à Penha, aproveitando o facto do governo ser chefiado por Barroso. Essa teria sido a grande reviravolta. Infelizmente, os que estavam no PSD eram demasiado "fouxos". E não tinham rasgo e visão para tanto. Perderam para Nelson de Carvalho. Mas isso fica para a história... É que este Aquapolis serve mal 3 freguesias. No Cruzeiro servia 11 freguesias só no concelho de Abrantes. Transportando para Almourol tínhamos Abrantes, Constância, Barquinha e um pouco ainda de Tomar e Chamusca na periferia. Uns concelhos estimulavam outros, nada seria como dantes. E fique com esta: a mudança de escala era tudo! . Não posso corroborar nessa ideia romântica e insustentável no sentimento local e na tradição da aldeia com casas para os turistas. Nada disso! Ninguém ia arranjar casas capazes de acolherem os turistas. Nem saírem de dentro delas para lhes fornecerem alojamento. E muito menos agora nestes tempos de crise com a população envelhecida e sem capitais próprios disponíveis. Isso não resultava. . Depois há que colocar resorts e Vale Mansos em locais estratégicos e bem dimensionados. Porque com esse incremento, é que outras coisas ganhavam outra dinâmica. E aí já era possível haver uma resposta por arrastamento de alguns residentes em colocarem as suas casas no arrendamento sazonal para os turistas. Mas repito: primeiro havia que relançar a actividade turística sem Vale Mansos escondidos e envergonhados e sem uma sobrecarga peçonhenta de frases pseudo ambientalistas, como sempre existiram em redor das terras da albufeira, para depois num ápice já lá colocarem "bungalows" e outras idiotices, sem zelo e higiene envolvente, - onde é que estão as retretes e as fossas estanques?! - como o cais de desembarque dos barcos sem condições, com barcos a serem puxados à corda no meio do lodo para dentro dos jeeps... Isso é turismo parolo, sem dignidade. Ninguém gosta disso, fora uns tantos que não têm gosto e cultura ambiental. . Depois no verão a água que existe deixa muito a desejar. . Finalmente, ninguém defendeu que fossem construir uma barragem para desenvolver o turismo. Nada de confusões. A barragem seria construída pela sustentabilidade da produção de energia. E sendo uma barragem de fio de água toda a água que passasse deixava energia. A cota 24 ou 25 seria sempre uma base de referência que neste inverno teria subido pela força da natureza e das cheias dos caudais, com alguma racionalidade e gestão dos caudais. . Portanto, a barragem era feita pela energia hídrica, pagava-se com isso, havia EDP ou Iberdolas interessadas. Porém, nada impedia, antes pelo contrário, que se usasse essa albufeira para promover outros espaços com aptidão turística. E outras actividades no desporto náutico que uma albufeira com + de 5o km tinha sempre que proporcionar. Isto tudo sem embargo de se procurarem as aldeias mais ou menos sossegadas nos concelhos, pois nem tudo tinha que ficar circunscrito à albufeira.
Não percebo lá porque se gosta de um turismo mais rural, mais recatado no ambiente genuíno, por força de quem vive mais nas cidades, obrigue a que nas aldeias e vilas ribeirinhas se prescinda de outra animação. Isso é colonização das aldeias e dos aldeãos... Discutível na contigentação a essas pessoas. . De resto, não vejo como inibir a vila do Tramagal e Constância desse turismo mais cosmopolita. Diante da crise económica que grassa, não vejo como afastar essas possibilidades de outra sustentabiliade económica no turismo sem peias dessa natureza fundamentalista.
Retomando o debate (parte 6, e última) . A barragem e o tratamento de águas
Este último comentário só para dizer que o tratamento de águas vai mesmo ter que ser pago pelos consumidores. É uma imposição legal. Não há aqui mais europeus nem menos, nem economias mais ou menos preparadas para pagar. Não nos disseram que havia facturas a pagar?? Pois para esta preparemo-nos - aí por 2013 preço único nacional e água mais cara. Aliás, a UE estará bastante atenta à distorção das regras da competição provocada por subsídios à água. .
Caro TZ. Penso que não há por aí nenhuma tentativa de bater records de comentários.
Penso que a questão da barragem para fins de energia hídrica se justifica, não custa nada ao erário público, porque a construção é por conta da concession+ária vencedora do concurso. E ficando outras oportunidades - agricultura, turismo e desportos náuticos - apssíveis de outro aproveitamento, só temos a ganhar com isso.
Não me move qualquer má vontade ou preconceito contra as obras, as barragens e o turismo na albufeira. Ficarmos parados é que me parece pouco responsável, até porque há muita gente que ainda poderá beneficiar de tudo isso. Podendo não terem electricidade mais barata há uma mais-valia assinalável: - o facto de haver muita produção de energia por Abrantes talvez se pudesse conseguir manter uma voltagem constante sem quebars de tensão, como sucede noutros lados, que em equipamentos computurizados provoca paragens na produção e erros de custos elevados na indústria mais sofisticada. Nunca é demais termos várias fontes de energia diversificada!
Não, não quero bater nenhum record de comentários, mas farei só mais estes, breves: - Falando em colonização referia-me ao tipo de relação económica; - Sobre a vontade dos povos e os interesses do mundo, a economia informal e outras questões, terei que deixar para depois; - Sobre a barragem, compreendo que a defenda. A mim parece-me não ter grande interesse para o desenvolvimento regional e uma vez que´ninguém "pegou nela", para quê insistir no assunto? passo adiante; - Sobre o tipo de turismo que me parece defender para a região acho-o desajustado à nossa realidade. Já por cá há muito imobiliário à venda. E há muitos mais milhões de m2 à venda no Algarve, no Oeste, no Alqueva, na Grécia, em Espanha, no Brasil... com que vantagens iamos competir nesse mercado? O nosso turismo será sempre "mais leve". Não quer dizer de menos qualidade. Tão pouco menos cosmopolita, se bem que Lisboa me pareça ser a origem natural da maior parte dos turistas. Felizmente a região não depende apenas do turismo para se poder desenvolver, julgo que a actividade deve ser entendida como complementar.
Em duas penadas quis arrumar a questão. E como muitosleitores já só ficarão com a memória na sua última (antes desta...)intervenção deixe-me então esta tréplica: -Colonização é mesmo relação económica, a cultural e única de sentido inverso foi feita pelos Romanos que absorveram a Grega que lhes deu um jeitão. - Sobre a barragem anotei, o que escreveu: "se ninguém pegou nela porquê insistir no assunto"? Porque ainda há semanas atrás vinha a manchete na ABARCA reproduzindo a entrevista ao Expresso, de um ex-secretário de Estado de Cavaco Silva e que está à frente de uma das empresas de energia eléctrica conhecida, rival da EDP. E porque ouvi dos responsáveis da EDP no acto de adjudicação das outras 9 restantes barragens, manifestarem a intenção de voltar ao assunto, mas não com a Fatacinha, que foi uma manobra de diversão. E se o volume de caudais no inverno no Tejo não o convencem, ao menos que pense que abaixo das descargas do Castelo de Bode está a foz do rio Nabão e que juntamente com as descargas do Castelo de Bode, que este ano durante dez dias não puderam já aproveitar nas turbinas essas descargas, porque a água era muita e havia que fazer abrir as comportas de emergência, para perceber que há ali muita água por explorar. Não arranje é sempre uma desculpa para nada se fazer.
. Depois termina, dizendo: "sobre o tipo de turismo que defende para a região acho-o desajustado, porque já temos muito imobiliário à venda por cá". E arrumou assim a questão?! Juntou ainda ao ramalhete o Oeste, Alqueva, Algarve, Espanha e Brasil. O MUNDO PAROU PARA SI?! . NADA DISSO! Primeiro o imobiliário que por cá temos à venda, não vem ao caso do turismo. Porque se houvesse novas perspectivas de turismo, esse imobiliário seria logo absorvido, abrindo novas expectativas para mais casas. Embora não ligue muito a isso, é a forma de vida de muita gente que está sem emprego fora do Estado. Também não me escapou o "cosmopolita" e não cosmopolita, para depois aceitar que há muito turista de Lisboa pela nossa região. Convido-o a ler um resumo de tudo isto no meu blog "Picozêzerabt.blogspor.com"
Talvez mais para quem lê ou possa ler estes comentários, convirá sublinhar o que me pareceu óbvio, de que o TZ já tinha há muito tomado a sua opção em matéria de Turismo. Para si turismo era podermos ficar uns dias pelas casas dos aldeãos e gozar sozinhos aquela tranquilidade deixada pela ausência de humanos por perto. . Só não percebi, para onde iriam os aldeãos enquanto deixavam as suas casa livres para os turistas... Iriam para o Inatel ou para o Brasil? Não precisava tanto, para dizer que não quer mais casas construídas pela região. Para mim o turismo não passa por mais casa construídas, mas também não me oponho a que tal ocorresse dentro de um rigoroso planeamento e ajustada sustentabilidade ambiental. Para não matar a galinha dos ovos de ouro! O turismo passava isso sim, por esta razão tão simples de as pessoas ficarem com imensas saídas e alternativas entre o bucólico dos campos anexos, a oxigenação das florestas e os desportos náuticos, os passeios de barco e as entradas e saídas nos mais variados cais que cada freguesia ou vila iria trabalhar e canalizar em visitas guiadas ou outras pela nossa região. E pela animação das ruas e do comércio. Porque é de tudo isso que as pessoas vivem e sobrevivem melhor, por cá... A minha opinião ou a sua não inetressam assim tanto, diante do futruro que possamos ajudar a criar e a sustentar nos outros. E são tantos, esses outros que ainda não sabem o futuro que os espera.
Caro JBP Para finalizar, só tenho que desfazer alguns dos "sublinhados" e "anotações" que faz sobre os meus comentários: - O que entendo como produtos estrela do turismo na região:... é a Páscoa, os Santos, as Festas e as Feiras, o Castelo do Bode, os Templários, os monumentos, o ciclismo, o hipismo, o andar a pé, o enoturismo, a gastronomia... o descanso... a paisagem, a animação cultural, o desporto. - A ideia dos "cruzeiros" de cais em cais? Caro JBP, isso anda o Douro a querer fazer, sem sucesso, há décadas (exemplo de investimento de navegabilidade por rentabilizar)... Isso ainda não se faz nem no estuário do Tejo, onde há maior densidade populacional,... essa ideia é totalmente desajustada da nossa realidade, obrigaria a investimentos elevadíssimos para captar reduzidos euros. - Por razões climáticas teremos sempre menos competitividade no turismo balnear, de massas, de "resort", no Verão as pessoas querem é praia... - Para perceber a rentabilidade de alguma barragem já teriamos que ver os seus projectos financeiros. Não vale a pena estarmos a falar em dias de água não turbinada e outros exemplos desse género. Reparo apenas que vai tendo tendência para empolar benefícios e desvalorizar custos. - Só para desfazer a confusão que faz entre imobiliário e aldeãos a sair de casa para outros alugarem e ficarem a fazer de aldeãos... de facto o "mundo não parou para mim" e vou assistindo ao despovoamento das aldeias, vilas e cidades, e todos os dias se vê mais uma casa à venda, outra a ruinar, e já há mais placas de vende-se no concelho de Abrantes do que na Alta de Lisboa... essa é que é a realidade. Defina-se uma estratégia e instrumentos para incentivar a recuperação dessas habitações, nomeadamente para 2ª habitação de lisboetas ou para o mercado de aluguer... há milhares de camas disponíveis. Veja-se o que em Espanha se faz com centrais de reservas em meio rural, por exemplo: El Corte Inglês nos Picos da Europa ou Parques Naturales de Andalucia. Copie-se o que os franceses fazem por todo o lado... é por aí que vejo o turismo da região.
Caro TZ, Não acredito que não tenha percebido que a rentabilidade está na exploração da energia eléctrica a produzir e que isso não é o TZ quem tem que o provar ou eu, mas o intertesse das empresas exploradoras, que quiseram a versão Almourol e nunca aceitaram a Fatacinha. Foi uma manobra de diversão, a Fatacinha. . Se continua a haver casas à venda em ruína e terras sem população não culpe a barragem. Pelo contrário, admita que com uma animação geral da envolvente albufeira de Almourol mais a albufeira do Castelo de Bode - que o TZ admite boa referência como estrela do turismo - pudessem dar outra imagem de futuro e de desenvolvimento. Ora é essa ideia de futuro mais animador que faria toda a diferença. Com essa perspectiva de futuro desenvolvimento local, assente numa outra albufeira faria gerar um centro de atracção superior e faria mostrar outra valorização ao imobiliário edificado. Não compare o rendimento em Espanah e em frança, com a mis´+eria do Médio Tejo. Há uma miséria que nos coloca abaixo da capacidade desses espanhóis e desses franceses, até para decidir aproveitar as suas casas. E há uma falta de confiança muito grande por cá.
41 comentários:
Ei Mén lamacheira!
Coloca uma foto mais recente da fábrica de travessas!
Que essa já tem um tempo!
Quanto ao futuro das empresas de ferrovia em Tramagal!
Exportação é o futuro!
Exportação, amigo!
O caminho faz-se caminhando, ficar á espera que fassam por nós. Isso não resulta!
INOVA TRAMAGAL
Amigo "em Tramagal"
A exportação. É uma boa solução, mas a verdade é que as nossas empresas viam no TGV uma forma de dar vigor ás suas estruturas, através do trabalho que iriam ter.
As fotos expostas, a quando da publicação, teriam talvez 30 minutos.
Neste link
http://www.flickr.com/photos/jomorgado/4407312134/
um comboio de travessas a caminho do Poceirão.
Tenho visto carregar estes comboios para o Poceirão, na península de Setúbal, que vai ter uma plataforma logística e tende a ser o novo "entroncamento da rede ferroviária".
Não compreendo porque o Entroncamento, ou a região de Santarém, em geral, está a ser marginalizada na rede de TGV, preterida por Leiria, quando tinha seria muito mais barato e mais fácil implantar a rede e até estabelecer a ligação a Espanha por aqui, fomentando a "cultura ferroviária" existente...
Será que os carregueiros que acostam em Setúbal com carris e travessas de betão para Angola e não só, podiam acostar na Ribeira de Santarém ou ainda subirem até ao Cais da Barca?
E os modelos do TGV necessitam ou usam estes tipos de travessas e de carris expostos na GEOFER?
Expliquem lá isso melhor...
Isso mesmo!
Alguma vez o sr. Lmamcheira, viu alguma das administrações das empresas de ferrovia do Tramagal dizerem que estavam á espera da obra do TGV para continuar e aumentar a sua actividade?
Que eu saiba não se ganham concursos de obras publicas de interesse nacional antes de serem aprovados definitivamente pela assembleia da republica!
Então ouve mal senhor...
Uma das apostas para o desenvolvimento das suas actividades prendia-se com o projecto... tem de andar mais atento
Volto a perguntar!
Quem disse isso!?
Foi a administração, das empresas?
Ou foi o jornalismo que disse o que vossa excelencia quer que assim seja?
A informação extravasou as fronteiras da empresa pela boca de alguns funcionários, que acredito saberem do que falam. Da parte das administrações destas ou de outras empresas só se assume seja o que for quando o “pássaro estiver na mão”.
Ou também é daqueles que acredita que o 1º ministro não sabia de nada acerca da compra do grupo da TVI pela PT.
As travessas da foto e as que vão de comboio para o Poceirão (link de imagem no meu comentário anterior) são da bitola actualmente existente nos caminhos de ferro portugueses. Não sei a que obras se destinam, devem ter ido para o Ramal do Porto de Aveiro (recentemente inaugurado) e para a ligação ferroviária Sines – Elvas que integra o “Eixo Ferroviário Convencional de mercadorias de
Sines e Algeciras a Madrid e a Paris”, correspondendo a uma das linhas da Rede Transeuropeia
de Transporte (RTE-T) – integra o corredor nº 16 das RTE-T. Dada a importância de que se
reveste a nível europeu, prevêem-se criar as necessárias condições de interoperabilidade
designadamente a nível da sinalização, com a utilização do ERTMS nível 1, e da via com o
emprego de travessas polivalentes que permitirão a futura mudança de bitola com
programação a articular com idêntico processo a realizar em Espanha. (in: http://www.refer.pt/Documentos/Sines-Elvas.pdf )
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Também não sei se alguém declarou expressamente que o "cluster" ferroviário local estava interessado em opor-se a futuros concursos do TGV, mas parecem-me óbvias as vantagens comparativas que o Tramagal tem para produzir alguns elementos desse sistema, embora possa ficar condicionado pela falta de ligação à nova rede na nova bitola (posso estar enganado, mas parece-me que, a nível nacional, o interface entre as duas redes ferroviárias não anda a ser devidamente acautelado).
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A acessibilidade ferroviária, a disponibilidade de áreas para instalações fabris, a disponibilidade de areia e a existência de mão-de-obra competente serão então vantagens determinantes para o desenvolvimento destas indústrias tramagalenses.
Algumas produções, como estas, que são transportadas por comboio, com preço de transporte/volume relativamente baixo, não têm grandes condicionantes de localização, isto é, não precisam de estar próximo do local de consumo, não precisam de lá chegar a grande velocidade. O que é importante é que cheguem a "tempo e horas" e que consigam chegar, e nesse aspecto, estando o Tramagal conectado , está ligado ao Mundo, fazendo parte do "hinterland" de vários portos, desde logo Sines (de onde vem o carvão a caminho do Pego), Lisboa, Setúbal (importante para o escoamento da indústria automóvel),ou Aveiro...
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A questão da navegabilidade do Tejo, até Santarém ou Tramagal?, parece-me desnecessária e um investimento de todo incomportável, apesar da UE estar a privilegiar o transporte por barco. Não há na região produções com escala que a justificasse, a não ser, eventualmente, na própria areia do Tejo... produtos florestais, o carvão para a central? ... não parece justificar.
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Sobre as intervenções no Tejo, seja a navegabilidade ou a criação de novas barragens a jusante das existentes, sou de opinião que nada as justifica, devendo em alternativa promover-se e organizar-se a qualificação do rio e dos usos associados: pesca e piscicultura, fornecimento de água para uso agrícola, industrial e humano, uso balnear... um rio sem barragens, livre, natural, nos dias que correm é um activo importante e o Tramagal está na cabeceira desse rio.
A areia não é o principal. O cimento, a brita de arestas vivas das pedreiras e não o seixo do rio arredondado de fraca consistência para o betão das travessas, o aço são outras componentes, que não existindo no Tramagal lhe retiram no conjunto a valorização quanto à localização do Tramagal.
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Nem a areia tipo da Carapinheira, mais argilosa serve para o betão pois é o que na gíria se designa por areia podre ou barrenta, apenas aplicável no reboco, nunca no betão.
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Fornecimento de água para uso agrícola, industrial e humano, na cabeceira do Tramagal, parece não ser compatível com o facto de a água correr no sentido descendente do rio. Pelo menos desde que o mundo é mundo.
Também parece não ser um activo importante, sabermos que em seis ou oito meses do ano, o caudal existente, muito condicionado por Espanha - um mal que ainda irá durar por muitos anos - é de seca.
Logo quando em quatro ou seis meses do ano a água corre com mais abundância e com cheias pelo meio, é que faz sentido avaliar esses caudais e pensar neles como reservas importantes para mais de um ano, se possível for.
E como depois de um ano de chuvas podem suceder de dois até quatro anos de seca subsequente, faz sentido recorrer à forma de represamento das águas, como a forma mais credível de juntar e gerir a água.
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Castelo de Bode é um represamento que até colheu a bandeira azul nas suas águas e alimenta Lisboa de água para uso humano e parte de Abrantes.
Chainça é um bom exemplo de como essa albufeira estando na cota máxima dos 120 m dá outra força às nascentes dos poços.
As águas sujas e a falta de tratamentos dos dejectos ao longo do Tejo fazem pensar numa grande obra de tratamento de águas. Custa dinheiro. Só usando as receitas do aproveitamento da componente hidro-eléctica dessa barragem tipo Almourol se poderá enfrentar esse problema das etares ao longo do Tejo ou numa concentração algures a jusante que reuna os dejectos de um ou mais concelhos ribeirinhos.
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Mesmo admitindo a "eliminação" de alguns bons hectares de terra agrícola com a barragem, ganha-se maior índice de produção na parte sobrante e acima de tudo a certeza de haver água para uso agrícola na restante área no verão, e melhor abastecimento dos lençóis subterrâneos que se alargam muito para além das margens do rio Tejo.
O lençol de água subterrâneo do Taínho/Alferrarede e Rossio, Bemposta prossegue até Alcácer do Sal e Grândola, 10 % do território nacional em área.
Sendo certo que os actuais terrenos agrícolas nas margens não possam ser postos em causa com a exploração actual, muito à base dos cereais e que obriga ao uso de pesticidas e adubos químicos em grandes doses, o que parece não ser ambientalmente sustentável a breve prazo. Se forem usados diques o alagamento em tempo de cheias pode ser na mesma utilizado com outros cálculos de gestão integrados.
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Aumento dos postos de trabalho, isso nem merece contestação.
Riquezas variadas idem. Turismo idem. Perspectivas de futuro garantidamente mais auspiciosas.
Há um preço sempre a pagar...
E nada se consegue sem muita imaginação e muito trabalho.
Barragem dá trabalho: dá!
Cruzar os braços parece mais fácil.
O PEC e o fim deste PEC e a chegad de outros PEC para lá de 2013 dirão de sua justiça. Não esperem nada de bom, nem de facilidades.
O concelho entrou em plano inclinado. Não vale a pena disfarçarem...
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É simpático ser contra a barragem.
Mas economicamente, com as carências de energia que se temem, nunca é demais prevenir.
Isto sem irmos já ao ano de 2025, que é já daqui a 14 anos, quando se prevê que os chineses já terão uma frota automóvel equivalente à actual frota média dos europeus.
Aí, todo o petróleo dos árabes não irá chegar para o consumo chinês.
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Caro João Baptista Pico,
Permita-me comentar o seu comentário:
1- Talvez a areia não seja o principal, mas é uma das matérias primas usadas na produção de travessas e é certamente uma das principais produções do Tejo e um bom exemplo do tipo de produtos que poderia usar o transporte fluvial.
2- O cimento, a brita, o aço são também exemplo de matérias primas cujo transporte ferroviário , fluvial ou marítimo é hoje relativamente fácil e barato. A desnecessidade de investir na navegabilidade para viabilizar o seu transporte prende-se com a pequena dimensão/volume do consumo e produção regional dessas matérias face ao elevadíssimo investimento inicial da infra-estrutura. Julgo que o transporte ferroviário permite a acessibilidade desses produtos a preços competitivos no panorama nacional e ibérico.
3- Disponibilização de água de qualidade para uso agrícola, industrial e humano será sempre um dos valores do Tejo. Apesar de o Tramagal poder aproveitar directamente desse potencial do rio sem grandes obras de engenharia, conforme sucede já, a referência que fiz ao facto da localidade estar na cabeceira do “Tejo livre” teve mais o intuito de alertar para a responsabilidade/potencialidade decorrente da sua posição – especialmente a partir do açude de Abrantes devem garantir-se elevados níveis de qualidade do rio.
4- A Convenção de Albufeira estabelece as “condições” do Tejo nacional, nomeadamente o que depende de Espanha. Nesse quadro, o regime do rio está relativamente “regularizado”. Não se prevendo dramáticas alterações climáticas, os males de seca e de cheia podem considerar-se normais e uma gestão mais eficiente do recurso, em particular na rega agrícola, permitirá a sustentabilidade.
5- O sistema aquífero do Tejo – Sado que refere (http://snirh.pt/snirh.php?main_id=4&item=4&objlink=&objrede= ) é a reserva estratégica de água que dá segurança ao sistema. É entendido como a grande reserva nacional de água e encontra-se ainda muito pouco explorado. Tem água para décadas.
6- É de facto normal que, como sucede com o Castelo de Bode, represar a água de rios e ribeiras favorece o reabastecimento das águas subterrâneas, mas, mais uma vez, terá que haver racionalidade económica que justifique.
7- Concordo totalmente que as” águas sujas e a falta de tratamentos dos dejectos” tenham solução urgente e deixem de contaminar o Tejo. Já não concordo é que seja a “componente hidroeléctrica” a custear esse tratamento. Aliás, é de lei, vai fazer subir o preço da água nos sistemas de fornecimento e tratamento ineficientes, no sector da água usam-se os princípios do “poluidor-pagador” e do “utilizador-pagador” . Os “mega sistemas de tratamento” parecem estar hoje a sair de moda porque os custos da energia e exploração estão a torná-los caros demais. Hoje, em regra, sai mais barato abastecer e tratar localmente, terá que se avaliar devidamente a solução – no actual quadro comunitário só são financiados projectos que demonstrem claramente a sua viabilidade económica e financeira (aproveito para confessar dúvidas que tenho sobre o preço da água em Abrantes se houver que suportar o abastecimento ao Tramagal a partir de um reservatório central no “cabeço”; seria outra conversa e desconheço os pormenores do projecto, existe? …)
(continua...)
8- Admitir “a "eliminação" de alguns bons hectares de terra agrícola” num País onde o terreno agrícola de qualidade é raríssimo parece-me um péssimo princípio. O rendimento da “parte sobrante” nunca poderá aumentar para compensar a área inutilizada pela barragem (a lei dos rendimentos marginais decrescentes ajuda a explicar a questão). Caro JBP, o custo da não produção agrícola, anos a fio e a valores actualizados, é um custo de produção da electricidade e tem que aí ser contabilizado.
9- Partilho alguma preocupação pelo uso de “químicos” na agricultura. Mas hoje há maior consciência no sua utilização e parece-me que a sustentabilidade ambiental e agrícola do Ribatejo não está a ser determinante afectada por esse factor.
10- “Aumento dos postos de trabalho, isso nem merece contestação”? Eu completaria esta sua frase dizendo que isso é uma “miragem”. Quantos empregos o Castelo do Bode criou na região? É geral: uma barragem é uma espécie de um deserto de água… Não sucedendo a intensificação da agricultura em práticas mais intensivas em mão-de-obra (por exemplo no caso espanhol teve que ser “importada” de Marrocos”), o aumento de emprego é zero.
11- “Riquezas variadas”? Também não, as barragens que se propuseram para o Ribatejo eram uma monocultura de electricidade.
12- “Turismo”? Com o potencial turístico do Castelo do Bode e de Belver todo por explorar… Estou convencido que um “Tejo livre” atrairá mais turistas que uma “Albufeira de Almourol”.
13- Ao considerar inoportuna a construção de barragens a jusante das existentes não estou a “cruzar os braços”. Há muito para fazer. Talvez a defesa da barragem seja uma atitude mais passiva: entregar o Tejo à EDP, ou à Iberdrola, ou a outra empresa eléctrica qualquer, e ficar à espera que daí caia alguma coisa…
14- Para terminar: em previsões catastrofistas e no “papão chinês” não acredito.
Comecemos pelo fim:
14- Henrique Neto - que é um empresário de sucesso e ex-deputado socialista, portanto algo insuspeito na denuncia - há dias no Plano Inclinado mostrou como um empresário de um dia para o outro ( ele próprio nos moldes) pode ver os chineses a produzir o mesmo produto que ele ou outro industrial europeu e a preços muito mais baixos. A par da deslocalização conhecida, isto só tem uma leitura: o Ocidente está cativo e refém da produção chinesa demasiado competitiva para os padrões de vida ocidental realidade que os chineses não respeitam nem seguem!
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Neste momemto, caro TZ, a questão não é mais de você acreditar ou não.
A questão é só uma: produto que os chineses iniciem a produção, é a curto prazo, um produto onde eles serão os únicos a produzi-lo, arrasando os restantes competidores.
Aos produtores ocidentais só resta irem ficando com uns nichos de mercado e de produto onde os chineses ainda não conseguiram entrar o que é pouco.
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A globalização ainda trará mais miséria futura.
Repare que a alta finança quer é negócio e não se interessa se há 5 milhões de trabalhadores em Portugal no desemprego. Deslocaliza as fábricas para a China e nada a fazer.
O embargo da CE e dos EUA não está fácil, porque a China já detém capital nas empresas ocidentais e no mercado mundial, capaz de fazer as suas represálias económicas.
O jogo é esse.
Pode continuar com a sua opinião, sendo certo que não está a querer ver com olhos de ver...
A solução será nós no Ocidente passarmos a ganhar e a viver como os chineses. É isso a que podemos ter que chegar, pese os graves tumultos sociais que nos espera.
Ou na geopolitica, a CIA tentar uma "desestabilização" política em Pequim e armar um conflito no grande país, o que não parece ser fácil. Nem se deseja, pois a guerra atómica podia disparar e tornar o mundo ainda mais explosivo.
(continua)
CONTINUANDO:
13- Defesa da barragem não é entregar a barragem à EDP ou à Iberdola!
A concessão é paga e convenhamos que 100 milhões de euros ( se não forem direitinhos para o défice de Sócrates, como há esse perigo e o Médio Tejo ficar a ver navios) é um bom começo. Depois há os tratamentos de redes de esgotos e outros trabalhos hidráulicos de monta e há a célebre "indemnização" pelos 10 milhões do açude submerso, que poderá ir para o concelho de Abrantes, fora outras sobras...
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Por outro lado há a sustentabilidade e o reforço e aumento da produção energética (hídrica) que pode gerar maior aproveitamento da eólica na articulação entre ambas. A energia eólica está a ficar-nos cara e precisa de ser articulada com a hídrica através da bombagem das águas depois de passarem pela turbina a primeira vez, para aproveitar o desperdício de eólica ou o seu sub-aproveitamento nas madrugadas e noites de temporal.
Depois a produção de Almourol não pode ser só vista como uma coisa que interesse à Barca ou ao Tramagal ou a Constância ou a outro concelho apenas. Mas sim à produção nacional de energia eléctrica, ao país e à sua estratégia de independência nacional e de independência energética. E alguma independência mais neste país é como pão para a boca.
A SEGUIR já VAMOS AOS POSTOS DE TRABALHO após as albufeiras...
10 - 11 - 12
Mais Postos de Trabalho
Riquezas Variadas
Turismo
TUDO após a barragem:
Estou em desacordo consigo nestes três pontos.
Vejamos logo a sua CONTRADIÇÃO quanto a + postos de trabalho ao referir e bem que a intensificação das explorações agrícolas com os transvases e barragens e irrigação e obras hidráulicas que estão associadas ao que defendi no conjunto do incremento da actividade agrícola - até aqui tudo bem Caro TZ - só que asua CONTRADIÇÃO está nisto:
- "a intensificação das explorações em Espanha gerou emprego Zero, porque tiveram que importar mão de obra de Marrocos"!!!
REPARE Caro TZ: O que diz é um absurdo! CONTRADIÇÃO ABSOLUTA!
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Tanto houve aumento dos postos de trabalho que teve que ser importada mão de obra de Marrocos.
Como o aumento de postos de trabalho na construção civil e turismo de habitação gerou a importação de mão de obra qualificada PORTUGUESA!!!
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Está a confundir outra questão, que é a dos espanhóis não terem aceitado ou apreciado muito esses postos de trabalho e terem-nos "entregue" nuns casos a marroquinos e no outro a portugueses.
Mas que gerou mais emprego isso gerou. E repare que não está a fazer as contas à produção dos marroquinos para Balança de Transacções e no aumento do PIB espanhol, e se quiser nos rendimentos acrescidos nos empresários agrícolas espanhóis, nos serviços nas empresas de transportes espanholas ou até portugueses ( a camionagem Luís Simões que o diga...)mais alimentos espanhóis exportados.
Queria mais? Acha pouco?
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Com a barragem de Almourol teremos um lago com cerca de 50 km de expensão, desde Alvega/Mouriscas até Almourol e ainda a derivação de 7 km para o Zêzere e foz do Nabão até à Linhaceira!
Barcos de médio porte já poderão navegar. Não há mais a "charca do mar de Abrantes" uma garotice sem paralelo. Não há mais a piroga ou o kayak para cada um dos abrantinos.
Há verdadeira circulação num lago comum a vários concelhos.
Com certeza que as contrapartidas para as etares terão que sair do pagamentro da concessão pela EDP ou Iberdola ou de quem se propuser construir a barragem e outras importantes obras hidráulicas, com na Foz do rio Torto e foz da ribeira de Rio de Moinhos e Abrançalha.
A BARCA no Tramagal poderá conhecer outro incremento. Porque a circulação e a motonáutica vai ser mesmo uma coisa séria.
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Não diga que o Tejo sem água como o temos visto nestes últimos verões atrairia mais turistas. Aliás não há turistas fora os jovens do Estoril convidados pelo Neó e mais a Federação de Canoagem.
Isso não é turismo. É propaganda oca.
(continua)
Ainda o TURISMO nas BARRAGENS
Como o TZ reconhece e afirma - LÁ ESTÁ OUTRA CONTRADIÇÃO SUA, desculpe insistir, mas foi isso que escreveu - o "potencial de Belver e Castelo de Bode continua por explorar"!
NEM MAIS!
É o TZ que reconhece haver "POTENCIAL POR EXPLORAR" nessa barragens de C. Bode e Belver. E nisso está certo.
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A OMISSÃO só se comprende na medida em que Belver e Castelo de Bode não ficam dentro da cidade de Abrantes, como o Aquapolis das Barreiras.
Portanto, a omissão teve um nome: vistas curtas do caseirismo citadino!
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AGORA OS QUÍMICOS na agricultura da Borda D´ Água, sofremos com o fecho dos furos do Taínho em 2000 porque continham demasiados químicos e nitratos, para poderem ser absorvidos para a água de consumo humano.
Não há nem deixa de haver consciencialização do problema. As culturas de forragens exigem-no e a monocultura dessas espécies podem levar ao desgaste completo desses terrenos no médio longo prazo.
Daí que use a expressão " eliminação" de alguns hectares de bons terrenos para se obterem melhores amanhos com as restantes terras.
Estamos a falar de terrenos que estão muito longe de estarem a ter uma exploração capaz e rentável durante todo o ano. Desde logo, no fim de verão já nada por lá verdega, na maior parte dos casos, porque se sabe que não há água com qualidade e em quantidade, para a própria agricultura e porque o tipo da cultura dominante de forragens de milho e soja não permitem outra rotatividade e outra riqueza alimentar, nomeadamente nas hortaliças, legumes, morangos. E ainda na floricultura.
Vemos demasiados terrenos sub-aproveitados para podermos dizer que não vale a pena sacrificar alguma parcela para termos uma prodição agrícola mais rica e mais bem extruturada na mobilização de outros terrenos anexos. Vejo eucaliptais enormes em Montalvo muito perto da água do Tejo e em terrenos muito planos, quase em leito de cheia. Ora esses terrenos foram desviados da produção agrícola.
Daqui se infere que não aceito que possamos imputar à produção da electricidade os custos pela inutilização de alguns hectares de terrenos agrícolas, sendo certo que o aumento da produtividade e intensidade nos restantes geram essas compensações e em muito boa remuneração.
Quanto à depreciação de rendimentos idem, idem...
São mais os beneficios e maior a sustentabiliudade com a barragem. E depois ainda há a produção hídrica e há a exploração turística!
FALTAVAm AS ETARES e o conceito de "utilizador pagador" para ir buscar tudo isso aos consumidores de água.
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A actual crise, e todos os PEC`s que se seguirão a 2013, porque não se vê melhoras para as famílias, faz-nos admitir que isso não será mais possível, ppelo menos para vastas áreas como a beira do Tejo, sem uma alancagem inicial de um fundo externo retirado das verbas da concessão das hídricas.
Não há outro meio de pagar as etares por agora. A factura dos SMAS sópara ir mantendo as actuais e ainda assim com mutas dificuldades...
Temos que perceber que a crise veio para ficar e há muita gente que está desempregada e nunca mais irá ter emprego em suas vidas e até no Estado há a possibiliudade efectiva de muitos despedimentos ou reformas compulsivas com depreciação assinalável, caso contrário a reforma ainda nos ficava mais cara...!
O princípio do " utilizador-pagador" é para economias estáveis e para países com outros rendimentos.
Veja que os pagamentos das facturas das águas estão a ficar muito atrasadas em mutos concelhos do país, pelas dificuldades económicas dos consumidores. Não há volta a dar-lhe.
Já há concelhos sub-urbanos onde não há já o corte radical da água de outros tempos. Há o recurso a ir somando ao mês seguinte e fazer dilatar os prazos sucessivamente.
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Mas há um facto que quero esclarecer e aí talvez até estejamos a defender o mesmo.
Não advogo que seja a electricidade a pagar o tratamento dos esgotos. O que defendo é ser a concessionária a pagar a construção das etares locais ao longo do rio.
A sua actividade de tratamento futura logicamente que terá que caber aos utilizadores, a menos que haja qualquer outra anomalia pelo percurso.
Aliás, no Caderno de Encargos do PNB já lá constava os esgotos do Rossio, e Rio de Moinhos por exemplo, a serem custeados pela concessionária, mais os diques e outras obras hidráulicas.
Penso ter respondido ao essencial.
Nas travessas de betão a questão parece-me pacífica. E nos barcos há aí um equívoco que ficará para outra oportunidade.
Caro TZ:
Cumprimento-o pela sua "luta" e pela sua brilhante capacidade de contra-argumentar. E só por isso já valeu a pena. O blog Tramagal precisa muito destas discussões.
Rebuscando o apontamento que atrás referia o possível fornecimento chinês, embora possível não me parece que fosse concretizável derivado ao volume de carga e ao seu peso… O transporte teria que se efectuar por barco, quase que obrigatoriamente, e tendo em conta a quantidade que vai ser necessária talvez fosse melhor começar já a enviar material.
E é melhor abrir mais uma faixa na auto-estrada marítima, porque o trânsito de barcos vai aumentar.
E com este sol já me fui sentar à sombra ali no arvoredo da Barca...
Há que saber apreciar o progresso!
Até que enfim!!!
Graças a Deus que acabo de verificar uma fantástica melhoria no discurso de um habitual comentador deste Blog.Tinha proposto á minha própria pessoa,e porque não sou por norma preconceituado,que quando esse comentador atirasse para o lado todo o seu EU-ÍSMO, e que explanasse todos os seus conhecimentos,com um diálogo frutuoso rico e amistoso...Estaria aqui felicitando-o.Como tal, aqui estou para felicitá-lo porque assim está conforme a minha maneira de encarar a vida «POSSO TER GRANDES VIRTUDES,MAS OS OUTROS TAMBÉM TEEM ALGO P´RA ME ENSINAR».Graças também ao TZ que proporcionou um excelente debate.Que venham mais ASSIM!!!
Estará a referir-se a quem?!
Noto por ali alguma dificuldade relutante em soletrar certas sílabas.
Aconselho juntar mais as letras...
Nada de ter a tranca nos olhos e continuar a apontar para quem tem o argueiro...
E lembre-se do slogan do João Pinto:
- Prognósticos só no final do jogo.
Não estrague o que criou por agóra...Não gostaria de voltar com a minha palavra atráz.Continue com o seu discurso directo,esclarecedor, mas não incisivo;procure amizades com os tramagalenses,despertando-os para o essencial,porque de banalísmos, estamos nós fartos...E já com alguma fadiga.
Se há coisas de que eu não gosto, uma delas é estar "condicionado", porque eu sou um amante da Liberdade.
O seu comentário é todo um tratado de condicionamentos.
E duas ou três contradições de que talvez não tivesse dado conta. Mas eu dei. E mal iria, se dando conta delas, me remetesse ao silêncio auto condicionando a minha liberdade crítica.
Ao dizer "não estrague"... "não gostaria de voltar atrás" está a entrar em contradição - a desdizer! - o que a seguir acrescentou: "continue com o seu discurso, directo, esclarecedor (...) " procure amizades com os tramagalenses, despertando-os..."
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Ao querer condicionar a minha Liberdade crítica, não lhe ocorreu que poderá estar a impedir que execute tudo muito melhor, em relação ao que disse ter apreciado no "continue com o seu discurso, directo, esclarecedor"?!
"Incisivo" significa mordaz, e também significa enérgico, eficaz, decisivo!
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"Incisivo" pode ser o meu estilo "enérgico", "eficaz",
"decisivo", que é necessário, precisamente, para escapar ao que o Atalaia também está farto e cansado - e eu também - de "banalismo". Ora e aqui residiu a sua terceira contradição.
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Desculpe a minha insistência e até alguma vaidade em dizê-lo, mas olhando para trás e em relação a tudo quanto recebi em animosidade e insultos gratuitos, neste e noutros blogs, se eu não fosse suficientemente "incisivo", não estávamos agora neste patamar de evolução, a trocar estas palavras, de que nenhum de nós se irá esquecer tão depressa. Nós e todos aqueles que ao lê-las, forem capazes de as interiorizarem.
Para quem não tem dicionario em casa, aqui ficou uma dica.
Retribuindo:
-Na internet pode consultar o dicionário online.
Retomando o debate
(parte1)
Nos dias que correm prever a longo prazo tem muito de “crença”, daí ter atrás referido que “não acredito”. É comum dizer-se que “o futuro a Deus pertence” e o conhecimento científico corrobora essa ideia: é impossível adivinhar o futuro.
Compreendo a preocupação com a economia chinesa, são de facto extremamente competitivos, especialmente nas produções que usam muita mão-de-obra, de baixo valor acrescentado e que não carecem da proximidade ao mercado consumidor.
Os fenómenos de deslocalização e de segmentação das produções não são novos. A mobilidade de matérias primas, produções, capitais e pessoas (estas menos) é hoje substancialmente maior que no passado.
Mas é de notar que apesar disso a crise da economia mundial não se ficou a dever a nenhum “arraso” provocado pelos chineses. As causas desta crise foram a especulação e ilusão promovidas pela finança ocidental. Não foram os chineses o problema, fomos nós… e este ponto é fundamental.
Entregarmo-nos à “condenação oriental” não é solução para nada, há que encontrar o caminho. Parece-me que é bem visível (mas não está a ser convenientemente seguido): é a qualificação da população activa e o incentivo ao empreendedorismo. Aqui é que está o problema fundamental do nosso País: continuam a sair do nosso sistema educativo demasiadas pessoas sem as competências suficientes para estar ao nível das capacidades dos chineses, e os nossos empresários são poucos.
Que os chineses “não respeitam ninguém” parece-me um bocado eurocentrista. Convém vermos a História a tempos mais largos… o que muitos países não estão obviamente dispostos é para continuarem a ser colonizados. Isso é bom. A paz e o desenvolvimento hão-de trazer melhores dias para a humanidade. Sempre foi assim. Passados 500 anos de globalização, os índices de desenvolvimento humano (esperança de vida, taxa de mortalidade, escolaridade) estão melhores que nunca.
Há algumas tendências que contrariam o fatalismo: hoje são os mercados que determinam o que se vende e não os detentores dos meios de produção; os padrões de vida ocidentais (nomeadamente de estado social) continuam a ser almejados pelos países menos desenvolvidos; as “indústrias” mais criativas, as produções de maior valor acrescentado continuam fortes nos EUA, na Europa, no Japão e desenvolvem-se na Índia, no Brasil, na China…; há um campo de crescimento económico imenso: desde logo na china onde a grande maioria da população, muitas centenas de milhões de pessoas vivem ainda no limiar da pobreza, mas também na Índia, na América do Sul, em África, … onde os chineses estão com grandes investimentos, por exemplo em Angola, que por sua vez parece ser o seu principal fornecedor de petróleo…
Caro JBP, eu que nem sou tão liberal na economia parece-me estar a fazer mais fé na “mão invisível” do mercado. Não acredito na via dos embargos e dos muros, nem que o mundo seja o tabuleiro plano de um jogo em que os chineses nos querem por os olhos em bico. A globalização trará um mundo diferente, é certo, mas creio que melhor que o actual: com mais paz, mais liberdade e menos pobreza. E recordo aqui alguns temores: de Malthus quando no século XIX verificou que a população mundial crescia a ritmo superior ao da produção agrícola – era o fim do mundo; já no meu tempo, na crise petrolífera de 1973 dizia-se que o petróleo ia acabar antes do ano 2000 e o mundo acabava outra vez, … ainda espero ter gasóleo para atestar logo à tarde. Prever a longo prazo é difícil, mas parece-me que os chineses é que querem viver como nós e será isso que há-de suceder e não o inverso.
EM RESPOSTA AO TZ:
De acordo quanto aos chineses quererem viver como nós ( europeus dos 15, onde 2 estão quase borda fora...e outros dos 27 já cavalgam outra onda...). Eu espero que o TZ não me ache tão cínico ao ponto de defender a colonização do 3º Mundo. Nem aceitar que países como Portugal têm que ficar a marcar passo até à chegada dos chineses ao nível médio europeu e não só.
E o não só, tem muito que se lhe diga, Caro TZ.
O TZ confirmou mas "atirou para canto" que Angola "parece ser o seu principal fornecedor de petróleo".
Não só parece, como é mesmo!
E estamos conversados quanto aos "apetites estratégicos da China"!
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Malthus estava certo na previsão e está muito actual. Apenas a ciência deu um passo em frente e conseguiu produzir mais alimentos via "industrial" e assim evitar a fome que já se temia.
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Caro TZ :
apontou a globalização de 500 anos como tendo dado 3 "fortunas" ao Ocidente: maior longevidade, menor taxa de mortalidade, e escolaridade.
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Não é isso que está em discussão. Nem deve entrar por aí
A Europa e os EUA - o mundo Ocidental - enveredou por um Estado Social com Keynes. Uma opção de vida que teve como acicate a Grande Depressão de 1929 e entre duas guerras.
No "Homem Unidimensional" Marcuse que é o pensador muito querido do do "Maio de 68" já havia constatado que o autoritarismo nas relações de trabalho que Marx encontrara no séc. XIX já não existiam (URSS , CHINA e Albânia à parte). E dizia que a miséria do trabalhador era menos física, mas subsistia como miséria mais psicológica e já chegava a mais categorias profissionais para além dos trabalhadores da ganga, pois também afectava e muito os "colarinhos brancos"...
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Marcuse, que nunca foi de direita, chamava-lhe "euforia da desgraça": cada um consome, age e diverte-se como os media e a propaganda subtilmente o encaminham para esse modo de consumo A forma refinada de alienação que Marcuse aponta.
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Depois fala na paz e no desenvolvimento. E eu falo nos PIGS: Portugal,Itália,Grécia e "Spain".
Falo no suícidio na 3ª idade que duplicou no nosso país, nos divórcios que aumentaram imenso, a fraca natalidade que preocupa a sustentabilidade das futuras pensões de reforma. A "anomia" de Durkheim que a escola de Harvard já com Merton veio reabilitar.
Por exemplo o sucesso individual não encontra hoje locais e espaço para através do trabalho gerar o estado de bem estar para todos. Há muitos desempregados!
Portanto, a ilicitude começa por ser encarada por muitos, como o meio de lá se chegar. Estamos cada vez mais com maior índice de criminalidade.
Há mais gente envelhecida. E há menos suporte para tantas ajudas sociais.
Há mais escolaridade, mas há menor conhecimento e menor preparação.
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Finalmente falou na "especulação" e na ganância do capital: leia-se a alta finança que ninguém hoje sabe onde começa e onde acaba.
Os governos já não mandam. Obedecem!
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Claro que o futuro a Deus pertence, mas não há muito por onde iniciar o empreendedorismo.
Primeiro, ninguém tem uma base de sustentação para começar aí numa garagem a produzir sem nada ganhar, quando tem a pensão da casa, do carro, os filhos e a comida para pagar. Porque é muito bonito em teoria dizer que os jovens estão agora mais bem preparados - o que não é de todo exacto - e depois ninguém consegue aprovar uma fabrica no terreno que tem, porque lá vem o PDM e as burocracias todas.Ou já estão os chineses a inundar-nos com esse produto.
Segundo, as escolas não estão a preparar empreendedores, mas sim assalariados de multinacionais.
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Caro João Baptista Pico, assim não me dá tempo de retorquir :). Em geral parece-me que estamos a olhar para a mesma coisa, mas um mais optimista (eu), outro mais pessimista. Neste seu último comentário entra em campos, como a eventual "alienação das massas", que também tinham muito que se lhe diga... no entanto vou ater-me a comentar o seu comentário anterior.
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Retomando o debate
(parte 2)
A barragem e a solidariedade nacional:
O dinheiro das concessões? Daquelas que se conseguiram vender? Onde é que isso já vai… Esse dinheirito da “venda do rios” não deu para pagar os deslizes orçamentais provocados pelo eleitoralismo de 2009, foi uma gota de água no desperdício da gestão pública. O investimento em obras que a barragem obrigaria seria dinheiro drenado por uma qualquer grande construtora e pouco efeito multiplicador teria na economia local, para além da venda de uns almoços e do emprego de algumas pessoas na fase de construção. E vender o Açude do Aquapólis? Isso também eu queria, mas nem a preço da “loja dos chineses” lhe pegam…
Quanto à utilidade geral das barragens e à vantagem na integração dos sistemas de produção eléctrica de origem hídrica e eólica, tudo bem, há vantagens inquestionáveis, mas o que sucedeu com Almourol foi que os próprios “potenciais concorrentes” não valorizaram as vantagens acima da cota dos custos e deixaram o concurso deserto. De notar que qualquer barragem nesta zona do Tejo terá sempre uma relativamente pequena produção eléctrica por não poder ter grande altura.
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Entendo também as questões de solidariedade nacional e independência energética que JBP refere no seu comentário. Mas deixe-me referir sobre isso que há muito verifico o País pouco preocupado com a promoção dos territórios rurais, deixando acentuar assimetrias, que são mais gritantes nos casos em que esses territórios prestam serviços imprescindíveis à sobrevivência das cidades litorais e do País, como sucede com esta região.
Vejam-se alguns exemplos:
a) Que ganhamos com a Albufeira do Castelo do Bode, que abastece de água 1 em cada 4 portugueses? A EPAL paga uma taxa de recursos hídricos pela captação, já se viu aí algum desse dinheiro? O que sobressai são constrangimentos e o abastecimento de água às freguesias de ribeirinhas do Zêzere ter chegado décadas depois de a Lisboa.
b) A central do Pego produz uma cota de electricidade muito grande, julgo ser a maior do País, mais do que todas as barragens juntas (salvo erro). Por acaso temos electricidade mais barata na região? Alguém recebe alguma coisa por ter os seus terrenos atravessados por inúmeras linhas de alta e média tensão? Estamos de alguma forma a ser indemnizados pelos efeitos poluidores (bem sei que vão minimizados, mas…)? Não ficou por pagar uma sisa bilionária?
c) O que ganhámos por ficar com dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos na Carregueira, que mais ninguém quis?
d) E estaremos a ser devidamente compensados pelas condicionantes militares existentes?
...
Há muito para além da Barca, do Tramagal, ou de Constância… mas uma ou duas pontes baratas em cada 150 anos o País não arranja? Nem pedindo? Será preciso ir para a televisão gritar “Sócrates e Lacão, é tudo aldrabão!”
(continua)
Caro TZ faltou espaço autorizado para rebater o que disse a propósito da China, que "olhando a História hoje muitos povos já não estão para serem mais colonizados."
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Aí discordo. A vontade dos povos do 3º mundo de não serem colonizados, não passa de pura falácia. Uma bonita intenção e nada que tenha sustentabilidade prática. Porque a vontade dos povos ainda é questão obscura e longe da cidadania que se conhece no mundo ocidental.
Pode haver revoltas e revolucionários, mas apenas isso.
Os países do 3º mundo ficam sempre reféns de um ditador corrupto. E este a soldo de uma potência colonizadora.
Mesmo as multinacionais deixam as suas marcas.
Leia " Superclasse" de David Rothkopf e verá como de forma súbtil se percebe muito do que um conjunto de poderosos faz e influencia em todo o mundo, desde gente do mundo dos negócios das ONG,da alta finança, do exército, e as "elites obscuras" da droga, ao tráfico de armas e de droga e do terrorismo, tudo quanto determinam neste mundo de desigualdades e regem acima dos governos.
O que se passa em Davos, à porta fechada?
Curiosamente a China do massacre da Praça Vermelha, da crueldade contra o Dalai Lama nunca foi colonizada pelo Ocidente e nos últimos 100 anos ainda antes de Mao, que havia fechado as suas portas ao mundo ocidental.
Hong Kong e Macau foram a excepção.
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Portanto não acredite na bondade universalista.
Desde Abril que ser empreendedor foi um estigma. Ter empregados era ser explorador.
Na nossa cultura foi-se eliminando o empreendedorismo de uma forma cruel. Hoje chegados a este definhamento faltam demasiados apoios e estímulos a quem quisesse e pudesse ser empresário.
As nossa leis estão obsoletas. Cheias de tramóias e lacunas para criar a confusão e a paralização da vida económica. Não há confiança na rapidez e na eficácia da justiça.
Entrar para o mundo dos negócios obriga-nos a pagar imensos subornos.
O "Diabo" esta semana publicava um estudo de Octávio Teixeira ( PCP) e José Reis, onde dava como provado que a economia paralela esconde 25 % da nossa actividade no PIB ( 14 mil milhões fora do circuito dos impostos), quando o nosso défice dos 9,4 % do PIB é de 22 mil milhões.
A média da economia paralela na CE é de 16 % e nós com 25 % e a Grécia nos 50% dá bem a ideia das coisas.
Os subornos atingem os 5 mil milhões.
As auditorias só descobrem 20 % das fraudes.
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No calçado, tirando um ou outro nicho de mercado, os chineses até vieram comprar-nos as máquinas para fabricarem eles o calçado. E enquanto produzirem mais barato não há forma de nós colocarmos lá fora o mercado com sustentabilidade. Nem é com lojas de exportação que lá vamos, como a propaganda tola do Sócrates quis fazer crer hoje em Leiria.
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Milhares de falências nos últimos anos mostram bem como este país
claudicou.
E não se tenha ilusão na retoma, porque há muitos empresários que já não voltarão a investir. Primeiro perderam tudo. Depois não há forma de os fazer voltar a investir com a mesma força de vontade de antes da crise. Isso é humano, verificar-se esse desalento.
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Verifico que já respondeu ao comentário 28.
Portanto este que agora tive que repetir a manobra é ou será o comentário 30.
Só para por um ponto de ordem na conversa.
Este é o pos
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(parte 3)
A barragem e o emprego agrícola
Poderei não ter sido muito explícito:
Que fique claro: nada me move contra os marroquinos. Aliás, em matéria de migrações tenho ideias nos antípodas do “nacionalismo”. Aludi-lhes porque são exemplo de emprego mal remunerado nas estufas de Almeria, San Fernando, El Ejido… e hoje um problema social. O que quis dizer então foi:
a) Barragens só dão mais emprego se houver intensificação agrícola, o que não é expectável no Ribatejo, onde os sistemas produtivos já são relativamente intensivos, onde o aumento de intensidade será sempre pequeno e pouco provável no quadro de controlo de custos de produção existente e de uma Política Agrícola Comum que agora incentiva os sistemas extensivos;
b) Grande parte do emprego gerado pela intensificação agrícola é em mão-de-obra desqualificada. Admito que também vamos precisar desse emprego, mas do ponto de vista estratégico, fazer um grande investimento para o obter parece-me errado.
c) A “huerta europea” que os espanhóis criaram nos campos de Múrcia e Almeria são de outra dimensão… essas hortas/estufas surgiram em pleno deserto e o salto foi do 8 para o 80. As condições não tinham nada a ver com o Ribatejo, onde o território tem potencialidade para actividades de maior valor acrescentado e se encontra já muito mais desenvolvido. Para além disso, o que foi possível fazer na década de 80 do século passado com as ajudas comunitárias já não o é agora.
A referência que faz à Luís Simões é interessante, mas levo-a para outro contexto: exemplifica como uma empresa nacional consegue competir e vencer outras que aparentemente estariam melhor posicionadas. Serve também para mostrar uma actividade em que os chineses dificilmente serão competitivos. Na dimensão do mercado ibérico e europeu há muitos serviços e produções que não podem ser executadas no exterior.
(continua)
Retomando o debate
(parte 4)
O Turismo de barragem e o desenvolvimento turístico da região
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Se o Castelo do Bode e Belver não conseguiram o desenvolvimento turístico que JBP prevê para a barragem de Almourol, se o Alqueva vai lento na captação desse turismo, se a náutica costeira ainda tem um mar para desbravar, porque carga de água seria a nova barragem de Almourol a ter esse desenvolvimento todo? Foi isto que questionei em anterior comentário.
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A promoção turística da região está por fazer. Acho que neste momento nem há estratégia nenhuma para esse efeito: é Lisboa, Alentejo, Douro, Algarve, Madeira, Açores, Serra da Estrela… o Tejo não existe como produto turístico. Mas não acho que seja a barragem o factor determinante para alavancar o turismo, e mal estaríamos se tivéssemos que aguardar por ela.
Acho que o essencial já existe em abundância suficiente para cativar lisboetas desejosos de um fim-de-semana bem passado, ou qualquer pessoa (até chineses ;) que goste do rural, do sol, da história, da natureza, da paisagem, da cultura, do vinho, da gastronomia,… O turismo por aqui deve assentar na promoção dos valores culturais, ser uma coisa suave, nada de “Vales Mansos” e outros que “resorts” tais… há edificado mais que suficiente e valores turísticos em abundância e todo ano… No outro dia dei conta que a Central do Pego já deve ser a principal atracção turística do Concelho de Abrantes… O Tejo mesmo estiolado também pode ser bom, … a monotonia paisagística de uma barragem tem menor valor.
A lógica Aquapólis/turismo é idêntica à da Barragem de Almourol/turismo. Só a escala é que muda. Em meu entender um e outra não têm grande utilidade turística, não compensam o dinheiro gasto.
(continua)
Retomando o debate
(parte 5)
A barragem e a agricultura
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Caro JBP, não precisaremos de esgotar o debate em torno da barragem. A agricultura e a especialização local no sector parece-me merecer debate próprio. A poluição agrícola não é admissível, julgo que hoje revela más práticas que devem ser alteradas.
Não tenho na ideia ter sido declarada "zona vulnerável de nitratos" na região, mas há que ter atenção. Pesquisando "nitratos Abrantes" encontrei alguns artigos preocupantes...
Do que comentei anteriormente sobre a perda de solo por inundação provocada pela barragem, fico na minha: electricidade faz-se de muitas maneiras, bom solo agrícola é mais difícil...
(continua)
Caro TZ:
Está a misturar alhos com bugalhos!
A lógica Aquapolis nem considerando apenas a dimensão dentro dos limites do concelho de Abrantes poderai ser a mesma coisa que a albufeira do Almourol - no Almourol, sublinhe-se!
Aquilo que eu defendi em 2003 e muito teimei no PSD, seria a de deslocarmos o açude para a ponte açude no Cruzeiro frente à Penha, aproveitando o facto do governo ser chefiado por Barroso.
Essa teria sido a grande reviravolta.
Infelizmente, os que estavam no PSD eram demasiado "fouxos". E não tinham rasgo e visão para tanto.
Perderam para Nelson de Carvalho.
Mas isso fica para a história...
É que este Aquapolis serve mal 3 freguesias.
No Cruzeiro servia 11 freguesias só no concelho de Abrantes.
Transportando para Almourol tínhamos Abrantes, Constância, Barquinha e um pouco ainda de Tomar e Chamusca na periferia.
Uns concelhos estimulavam outros, nada seria como dantes.
E fique com esta: a mudança de escala era tudo!
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Não posso corroborar nessa ideia romântica e insustentável no sentimento local e na tradição da aldeia com casas para os turistas. Nada disso! Ninguém ia arranjar casas capazes de acolherem os turistas. Nem saírem de dentro delas para lhes fornecerem alojamento.
E muito menos agora nestes tempos de crise com a população envelhecida e sem capitais próprios disponíveis.
Isso não resultava.
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Depois há que colocar resorts e Vale Mansos em locais estratégicos e bem dimensionados. Porque com esse incremento, é que outras coisas ganhavam outra dinâmica. E aí já era possível haver uma resposta por arrastamento de alguns residentes em colocarem as suas casas no arrendamento sazonal para os turistas.
Mas repito: primeiro havia que relançar a actividade turística sem Vale Mansos escondidos e envergonhados e sem uma sobrecarga peçonhenta de frases pseudo ambientalistas, como sempre existiram em redor das terras da albufeira, para depois num ápice já lá colocarem "bungalows" e outras idiotices, sem zelo e higiene envolvente, - onde é que estão as retretes e as fossas estanques?! - como o cais de desembarque dos barcos sem condições, com barcos a serem puxados à corda no meio do lodo para dentro dos jeeps...
Isso é turismo parolo, sem dignidade.
Ninguém gosta disso, fora uns tantos que não têm gosto e cultura ambiental.
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Depois no verão a água que existe deixa muito a desejar.
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Finalmente, ninguém defendeu que fossem construir uma barragem para desenvolver o turismo. Nada de confusões.
A barragem seria construída pela sustentabilidade da produção de energia. E sendo uma barragem de fio de água toda a água que passasse deixava energia. A cota 24 ou 25 seria sempre uma base de referência que neste inverno teria subido pela força da natureza e das cheias dos caudais, com alguma racionalidade e gestão dos caudais.
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Portanto, a barragem era feita pela energia hídrica, pagava-se com isso, havia EDP ou Iberdolas interessadas.
Porém, nada impedia, antes pelo contrário, que se usasse essa albufeira para promover outros espaços com aptidão turística.
E outras actividades no desporto náutico que uma albufeira com + de 5o km tinha sempre que proporcionar. Isto tudo sem embargo de se procurarem as aldeias mais ou menos sossegadas nos concelhos, pois nem tudo tinha que ficar circunscrito à albufeira.
Não percebo lá porque se gosta de um turismo mais rural, mais recatado no ambiente genuíno, por força de quem vive mais nas cidades, obrigue a que nas aldeias e vilas ribeirinhas se prescinda
de outra animação.
Isso é colonização das aldeias e dos aldeãos... Discutível na contigentação a essas pessoas.
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De resto, não vejo como inibir a vila do Tramagal e Constância desse turismo mais cosmopolita.
Diante da crise económica que grassa, não vejo como afastar essas possibilidades de outra sustentabiliade económica no turismo sem peias dessa natureza fundamentalista.
Retomando o debate
(parte 6, e última)
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A barragem e o tratamento de águas
Este último comentário só para dizer que o tratamento de águas vai mesmo ter que ser pago pelos consumidores.
É uma imposição legal. Não há aqui mais europeus nem menos, nem economias mais ou menos preparadas para pagar.
Não nos disseram que havia facturas a pagar?? Pois para esta preparemo-nos - aí por 2013 preço único nacional e água mais cara. Aliás, a UE estará bastante atenta à distorção das regras da competição provocada por subsídios à água.
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Caro João Baptista Pico
Verifico já aí estar mais um comentário a provocar a continuação do debate, mas terá que ficar para depois.
Até já.
Caro TZ.
Penso que não há por aí nenhuma tentativa de bater records de comentários.
Penso que a questão da barragem para fins de energia hídrica se justifica, não custa nada ao erário público, porque a construção é por conta da concession+ária vencedora do concurso. E ficando outras oportunidades - agricultura, turismo e desportos náuticos - apssíveis de outro aproveitamento, só temos a ganhar com isso.
Não me move qualquer má vontade ou preconceito contra as obras, as barragens e o turismo na albufeira.
Ficarmos parados é que me parece pouco responsável, até porque há muita gente que ainda poderá beneficiar de tudo isso.
Podendo não terem electricidade mais barata há uma mais-valia assinalável:
- o facto de haver muita produção de energia por Abrantes talvez se pudesse conseguir manter uma voltagem constante sem quebars de tensão, como sucede noutros lados, que em equipamentos computurizados provoca paragens na produção e erros de custos elevados na indústria mais sofisticada.
Nunca é demais termos várias fontes de energia diversificada!
Não, não quero bater nenhum record de comentários, mas farei só mais estes, breves:
- Falando em colonização referia-me ao tipo de relação económica;
- Sobre a vontade dos povos e os interesses do mundo, a economia informal e outras questões, terei que deixar para depois;
- Sobre a barragem, compreendo que a defenda. A mim parece-me não ter grande interesse para o desenvolvimento regional e uma vez que´ninguém "pegou nela", para quê insistir no assunto? passo adiante;
- Sobre o tipo de turismo que me parece defender para a região acho-o desajustado à nossa realidade. Já por cá há muito imobiliário à venda. E há muitos mais milhões de m2 à venda no Algarve, no Oeste, no Alqueva, na Grécia, em Espanha, no Brasil... com que vantagens iamos competir nesse mercado? O nosso turismo será sempre "mais leve". Não quer dizer de menos qualidade. Tão pouco menos cosmopolita, se bem que Lisboa me pareça ser a origem natural da maior parte dos turistas. Felizmente a região não depende apenas do turismo para se poder desenvolver, julgo que a actividade deve ser entendida como complementar.
Caro TZ,
Em duas penadas quis arrumar a questão. E como muitosleitores já só ficarão com a memória na sua última (antes desta...)intervenção deixe-me então esta tréplica:
-Colonização é mesmo relação económica, a cultural e única de sentido inverso foi feita pelos Romanos que absorveram a Grega que lhes deu um jeitão.
- Sobre a barragem anotei, o que escreveu: "se ninguém pegou nela porquê insistir no assunto"?
Porque ainda há semanas atrás vinha a manchete na ABARCA reproduzindo a entrevista ao Expresso, de um ex-secretário de Estado de Cavaco Silva e que está à frente de uma das empresas de energia eléctrica conhecida, rival da EDP. E porque ouvi dos responsáveis da EDP no acto de adjudicação das outras 9 restantes barragens, manifestarem a intenção de voltar ao assunto, mas não com a Fatacinha, que foi uma manobra de diversão.
E se o volume de caudais no inverno no Tejo não o convencem, ao menos que pense que abaixo das descargas do Castelo de Bode está a foz do rio Nabão e que juntamente com as descargas do Castelo de Bode, que este ano durante dez dias não puderam já aproveitar nas turbinas essas descargas, porque a água era muita e havia que fazer abrir as comportas de emergência, para perceber que há ali muita água por explorar.
Não arranje é sempre uma desculpa para nada se fazer.
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Depois termina, dizendo: "sobre o tipo de turismo que defende para a região acho-o desajustado, porque já temos muito imobiliário à venda por cá".
E arrumou assim a questão?!
Juntou ainda ao ramalhete o Oeste, Alqueva, Algarve, Espanha e Brasil.
O MUNDO PAROU PARA SI?!
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NADA DISSO!
Primeiro o imobiliário que por cá temos à venda, não vem ao caso do turismo. Porque se houvesse novas perspectivas de turismo, esse imobiliário seria logo absorvido, abrindo novas expectativas para mais casas. Embora não ligue muito a isso, é a forma de vida de muita gente que está sem emprego fora do Estado.
Também não me escapou o "cosmopolita" e não cosmopolita, para depois aceitar que há muito turista de Lisboa pela nossa região.
Convido-o a ler um resumo de tudo isto no meu blog "Picozêzerabt.blogspor.com"
Caro TZ,
Talvez mais para quem lê ou possa ler estes comentários, convirá sublinhar o que me pareceu óbvio, de que o TZ já tinha há muito tomado a sua opção em matéria de Turismo.
Para si turismo era podermos ficar uns dias pelas casas dos aldeãos e gozar sozinhos aquela tranquilidade deixada pela ausência de humanos por perto.
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Só não percebi, para onde iriam os aldeãos enquanto deixavam as suas casa livres para os turistas...
Iriam para o Inatel ou para o Brasil?
Não precisava tanto, para dizer que não quer mais casas construídas pela região.
Para mim o turismo não passa por mais casa construídas, mas também não me oponho a que tal ocorresse dentro de um rigoroso planeamento e ajustada sustentabilidade ambiental.
Para não matar a galinha dos ovos de ouro!
O turismo passava isso sim, por esta razão tão simples de as pessoas ficarem com imensas saídas e alternativas entre o bucólico dos campos anexos, a oxigenação das florestas e os desportos náuticos, os passeios de barco e as entradas e saídas nos mais variados cais que cada freguesia ou vila iria trabalhar e canalizar em visitas guiadas ou outras pela nossa região.
E pela animação das ruas e do comércio.
Porque é de tudo isso que as pessoas vivem e sobrevivem melhor, por cá...
A minha opinião ou a sua não inetressam assim tanto, diante do futruro que possamos ajudar a criar e a sustentar nos outros. E são tantos, esses outros que ainda não sabem o futuro que os espera.
Caro JBP
Para finalizar, só tenho que desfazer alguns dos "sublinhados" e "anotações" que faz sobre os meus comentários:
- O que entendo como produtos estrela do turismo na região:... é a Páscoa, os Santos, as Festas e as Feiras, o Castelo do Bode, os Templários, os monumentos, o ciclismo, o hipismo, o andar a pé, o enoturismo, a gastronomia... o descanso... a paisagem, a animação cultural, o desporto.
- A ideia dos "cruzeiros" de cais em cais? Caro JBP, isso anda o Douro a querer fazer, sem sucesso, há décadas (exemplo de investimento de navegabilidade por rentabilizar)... Isso ainda não se faz nem no estuário do Tejo, onde há maior densidade populacional,... essa ideia é totalmente desajustada da nossa realidade, obrigaria a investimentos elevadíssimos para captar reduzidos euros.
- Por razões climáticas teremos sempre menos competitividade no turismo balnear, de massas, de "resort", no Verão as pessoas querem é praia...
- Para perceber a rentabilidade de alguma barragem já teriamos que ver os seus projectos financeiros. Não vale a pena estarmos a falar em dias de água não turbinada e outros exemplos desse género. Reparo apenas que vai tendo tendência para empolar benefícios e desvalorizar custos.
- Só para desfazer a confusão que faz entre imobiliário e aldeãos a sair de casa para outros alugarem e ficarem a fazer de aldeãos... de facto o "mundo não parou para mim" e vou assistindo ao despovoamento das aldeias, vilas e cidades, e todos os dias se vê mais uma casa à venda, outra a ruinar, e já há mais placas de vende-se no concelho de Abrantes do que na Alta de Lisboa... essa é que é a realidade. Defina-se uma estratégia e instrumentos para incentivar a recuperação dessas habitações, nomeadamente para 2ª habitação de lisboetas ou para o mercado de aluguer... há milhares de camas disponíveis. Veja-se o que em Espanha se faz com centrais de reservas em meio rural, por exemplo: El Corte Inglês nos Picos da Europa ou Parques Naturales de Andalucia. Copie-se o que os franceses fazem por todo o lado... é por aí que vejo o turismo da região.
Caro TZ,
Não acredito que não tenha percebido que a rentabilidade está na exploração da energia eléctrica a produzir e que isso não é o TZ quem tem que o provar ou eu, mas o intertesse das empresas exploradoras, que quiseram a versão Almourol e nunca aceitaram a Fatacinha. Foi uma manobra de diversão, a Fatacinha.
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Se continua a haver casas à venda em ruína e terras sem população não culpe a barragem. Pelo contrário, admita que com uma animação geral da envolvente albufeira de Almourol mais a albufeira do Castelo de Bode - que o TZ admite boa referência como estrela do turismo - pudessem dar outra imagem de futuro e de desenvolvimento.
Ora é essa ideia de futuro mais animador que faria toda a diferença. Com essa perspectiva de futuro desenvolvimento local, assente numa outra albufeira faria gerar um centro de atracção superior e faria mostrar outra valorização ao imobiliário edificado.
Não compare o rendimento em Espanah e em frança, com a mis´+eria do Médio Tejo. Há uma miséria que nos coloca abaixo da capacidade desses espanhóis e desses franceses, até para decidir aproveitar as suas casas. E há uma falta de confiança muito grande por cá.
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