3.2.10

a ponte é uma miragem
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Na triste história da ponte que faz falta ao Tramagal, depois de ficarmos a saber pelo Sr. Ministro das Finanças que nos próximos quatro anos, pelo menos, não haverá obra promovida pelo Governo, a presente semana produziu mais algumas cenas dignas do género a que este "filme" nos vem habituando: efeitos especiais a disfarçar mau argumento e falta de acção.
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E que cenas são essas?
..Na segunda-feira o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações participou no almoço/debate promovido pela Ordem dos Economistas, no Hotel Altis e a páginas 11 e 12 do discurso diz: "Falemos, agora, um pouco das concessões rodoviárias... ... chegou o momento de reavaliar... ... foi tomada a decisão de suspender..." e mais à frente: "...a grande questão que se coloca... ...o pagamento por parte dos utilizadores das SCUTS não dever ser entendido como a perda de um direito mas como uma contribuição do utilizador nos custos destas infra-estruturas de qualidade usufruídas gratuitamente durante algum tempo..." Esta parte tem alguma comicidade, o Sr. Ministro tenta convencer-nos do privilégio que será pagar 3€ de portagem de Torres Novas a Constância.
..A outra cena é protagonizada pela Sra. Presidente da Câmara de Abrantes na imprensa regional: repuxando humildade, a Sra. Presidente aparece-nos como vítima, diz que está a “tentar perceber o que significa em concreto” o anúncio da suspensão e que quer "saber junto do Governo o que significa o termo adiar, se é sem fim à vista ou se adia mas com o compromisso de a realizar num futuro próximo"... Se tudo isto não fosse tão triste também aqui riamos, imaginando alguém indrominado(?) a pedir ao burlão que conte a próxima patranha.
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P.S.:

22 comentários:

JA disse...

Acho que é o momento para se voltar a organizar um arraial de reivindicação da ponte! Tramagal não sabe nadar, precisamos de ponte para atravessar… era muito novo mas lembro-me daquela grandiosa festa organizada com este fim…

João Baptista Pico disse...

Sugiro um arraial com três porcos no espeto como no verão passado debaixo dos plátanos...
Ou em alternativa pegar na aposta da ENDESA que ainda quer a barragem, logo acima de Almourol...
Agora com a cidade virada para o Pego, só resta ao Tramagal virar-se para Rio de Moinhos e a Amoreira/Montalvo.
Claro que isso obrigava a outra capacidade de negociação e a outra visão, sem lentes nebulosas...
Desculpem ser assim tão pragmático, mas o FMI e o rating ainda obrigavam a muito mais...

LUIS RIBEIRO disse...

Uma ponte para o Tramagal pedem voces e que tal uma ponte para Portugal,o Estado Portugues a viver e a padecer de uma grave crise economica com um defice abismal, a um passo da Bancarrota e voces preocupados com uma ponte que por ventura vos podera criar mais problemas do que vantagens, nao se iludam com miragens, de certo que Portugal e o Concelho de Abrantes e ate mesmo o Tramagal tem outras prioridades sociais e economicas mais importantes com que se preocupar.

Saude para todos os Tramagalenses!

Luis Ribeiro,
Peterborough,
Inglaterra,
04/02/10

D´Atalaia disse...

Amigo TZ
Fico grato por apresentar este assunto (ponte)e ter feito o tracejado bastante ilucidativo e com aspecto turístico da nova ponte a ligar as duas margens do Rio Tejo.Ficamos com o esbôço porque realidade nunca mais.Talvez um dia quando alguém estiver à frente dos destinos do Concelho se faça uma ponte mas do Souto ao Pego.

Unknown disse...

Este atalaia é mesmo PARVO. O que escreve o Sr. Pico tem sentido. Habia para aí muita gente cega e este atalaia é um deles! É evidente que o Tramagal precisa de uma ponte sob pena de cada vez mais se ilhar! O progresso desta terra passa indubitavelmente pela ponte e secalhar no local onde o TZ ironicamente a colocou seria o local indicado.
Parabéns TZ e viva a ponte. Atalaia abre os olhos ou então não és tramagalenses...

João Baptista Pico disse...

Obrigado "Bortial", o sujeito faz-me lembrar a anedota da piolhosa que já afogada e com a cabeça toda mergulhada, ainda estendia as mãos de fora da água e fazia com os dedos o gesto de como se matavam os piolhos...
Agora, quando o FMI já nos provou que o dinheiro não é de borracha, porque não falam dos desperdícios do açude...?!

D´Atalaia disse...

Flatus vocis...

LUIS RIBEIRO disse...

Ao que parece comentar e dar uma opiniao neste blog pode facilmente ser interpretado como sendo uma critica ou um desaforo, contudo no que me diz respeito apenas dei uma opiniao baseado na realidade economica actual em que Portugal se encontra,e nas circuntancias actuais pensar em empreendimentos desta envergadura, neste caso especifico uma ponte, e sabendo que uma obra desta natureza acarreta custos elevados, simplesmente me manifestei por nao concordar com o timing, mas se a Autarquia de Abrantes dispoe dos fundos e das infrastruturas necessarias para disponibilizar numa obra com estas caractristicas nao vejo razao nenhuma ou motivo algum para que esse projecto nao venha a ser concretizado, e de uma vez por todas dar ao povo Tramagalense a importancia que merece, sem mais nada para dizer me subscrevo pedindo desculpas se de alguma forma ofendi alguem.

Bem hajam!

Luis Ribeiro,
Peterborough,
Inglaterra,
05/02/10

Lamacheira e Barca disse...

Bonita imagem TZ. É sem duvida uma ponte portuguesa caiada de branco e tudo, só falta a barrinha amarela. Agora que, á partida, os periudos eleitorais passaram ficamos realmente a ver o que era vardade nos programas politicos.

João Baptista Pico disse...

Os programas eleitorais não foram escritos com tinta invisível. Vinha lá tudo, até muito bem explicado. Os olhos que os leram, é que não quiseram ler tudo como devia ser.
A cor das tintas da "clubite" forçou o olhar menos isento, o que originou muitos "apagões" pelos textos.
Depois, o "não há-de ser nada" da crendice conformista, fez o resto.
No caso da ponte, - a ponte desse IC 9 megalómano e descentrado com a vivência do Tramagal ( obrigava a um novo Tramagal feito de novo...) - ainda hoje subsiste a ideia expressa nas declarações da presidente de Câmara, que faz pender a construção da ponte como garantia dos 400 postos de trabalho da Mitsubishi.
Como se o futuro dos 4 mil habitantes do Tramagal não pesassem muito mais. E quando antes foram 5 mil habitantes, etc, etc...
Ora, conviria que os tramagalenses, ao menos nisto, tivessem uma base de consenso que fizesse sobrepor o interesse dos 4 mil habitantes aos 400 postos de trabalho da Mitsubishi, que são uma faca de dois gumes. A Mitsubishi é uma indústria que corre perigo de vida. Tramagal não pode ficar refém. Senão amanhã, o que acontece é que acabando a Mitsubishi (ou fraquejando...) acabam-se os argumentos para a ponte.
Quando a esmola é grande até o pobre desconfia. Porém os tramagalenses não quiseram desconfiar... Embarcaram na conversa de Socrates e do PS quanto à ponte do IC 9, fosse ela o que fosse...
E a presidente ao falar nos 400 postos de trabalho da Mitsubshi para justificar a ponte do IC 9,
mais os 20 milhões que nem eram para ficar no Tramagal, só está a retirar peso aos 4 mil tramagalenses. É como se estes já fossem uma carta fora do baralho.
Como é que ninguém viu esse perigo?
Tanta gente no Tramagal a criticar-me, só poderia querer significar, que era preciso que eu não fosse ouvido.
Eu fiz a minha obrigação! Desculpem lá, mas tinham que ouvir esta... E se quiserem insultar, insultem-se primeiro a vocês.

HORTA F's disse...

Mais uma vez a conversa de pontes para ir comprar tigeladas a Rio Moinhos. A CMA, tal como qualquer Câmara não dispõe de meios para construir este tipo de pontes. Pontes estruturantes para o desenvolvimento e a ligação do nordeste alentejano ao litoral e às assecibilidades ao norte do país.
Este IC9 tem uma amplitude maior, pretende ligar a fronteira ao resto do país e aproveitar a expansão económica da Extremadura espanhola. Esta ponte tem de ser vista dessa forma e só assim é que algum dia se fará.
Resolver caprichos não é solução, porque se assim fosse muitos seriam os caprichos a resolver neste país.

João Baptista Pico disse...

Um tramagalense a pensar no desenvolvimnento(?!) da Estremadura espanhola talvez esteja deslocado neste blog e melhor fora que contactasse o Joaquim Almuria comissário da CE...
Quanto a ir comprar tigeladas a Rio de Moinhos, talvez não fosse mau para essa freguesia do concelho de Abrantes. O investimento da Câmara não seria um terço daquele desperdiçado com o Açude. Mas se preferir umas tigeladas "importadas" de Castela, é opcção sua...
Em todo o caso, com umas tigeladas de Rio de Moinhos podia prosseguir viagem pela A-23 com outro aconchego no estômago, fosse qual fosse o destino...
Caprichos será colocar a dependência da execução de qualquer ponte que se pode fazer em qualquer altura, da manutenção dos 400 postos de trabalho ( dos quais só cerca de 10 a 15 % é que são tramagalenses)da Mitsubishi, abrindo mão de outro disparate que é tornar os 4 mil tramagalenses reféns do sucesso e da vida futura de uma fábrica...
Quanto à capacidade da CMA em fazer pontes, houvesse vontade e nada ficava por fazer.
O Estádio, a piscina, 15 milhões na Solano de Abreu e Miguel de Almeida assim de uma virada, 10 ou 20 milhões no Museu Ibérico, 20 milhões em todo o Aquapolis, 10 milhões dos quais sói na borracha do açude que nuncxa teremos dinheiro para a manutenção futura, são tudo caprichos bem mais caros.
Veja-se quantas pontes a BRISA colocou entre Aveiras e Torres Novas na A-1 após o alargamento para as 6 faixas. Será que não terão por lá uma a mais, ou o nome do fornecedor à mão?!
Agora falar na Estremadura espanhola dá mais status, é?!
Porreiro pá!

TZ disse...

Tramagalense,
Discordo do que dizes. Com tempo explicarei melhor, mas pensar na Extremadura quando o Tramagal perde população rapidamente e perde competitividade para todas as localidades próximas?
Faz falta uma ponte. Pode não ser assim tão cara... é uma questão de prioridades, se há para açudes, aquapolis, complexos desportivos, miaas e outras coisas que tais (altas despesas, investimentos de retorno mais que duvidoso)... facilmente se justifica o interesse de uma ponte que podia voltar a pôr o Tramagal como possibilidade de residência para pessoas e empresas.
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Já agora... andava na net a ver preços de adjudicações de pontes por esse país fora e deparo com a mais recentemente construida em Coimbra: era para custar 36 milhões de euros, e custou mais de 100, um desvio de 218% (cito os números de memoria mas não falho por muito)... é pá, só o "desvio" nesta ponte é da mesma dimensão do que agora querem dar à Madeira e que parece poder fazer cair o governo... ..."ai Portugal, Portugal"...
Abraço

João Baptista Pico disse...

E a talhe de foice a derrapagem do enorme aeroporto da Madeira, obra de risco a sobrevoara o mar teve uma DERRAPAGEM de 3 %.
Repito: TRÊS POR CENTO!
Com menos de 5 milhões de euros já dava para uma ponte, entre Rio de Moinhos e Tramagal. Se sobrevoava a linha da CP ou não, isso não era agora o mais importante. Se trouxessem as tigeladas de Rio de Moinhos, sempre metiam uma à boca...
No sentido inverso levassem um tinto da Coelheira para o petisco no Cais...
Cada vez que me lembro das três pontes no Rossio ( Rio Torto, Rodoviária e Ferroviária, há 150 anos...) e tive que gramar com um jornalista desdenhoso a estranhar eu ter falado em três pontes como uma meta de sustentação estratégica do concelho, quando o mesmo jornalista ainda hoje se curva embasbacado cada vez que fala do desperdício do açude e de tantas outras obras pouco abonatórias, só me dá vontade de chorar.
É que os abrantinos, tal como os portugueses, nunca tiveram sorte com os governantes...
Não sei o que tenho hoje.Talvez seja a leitura do Sol...

TZ disse...

E por falar nas "pontes da Brisa"... estranhas obras: há data da construção das "pontes velhas" (de 20 anos!) não houve ninguem que visse, que comparasse com a realidade doutros países, que pensasse logo os projectos com uns viadutos em condições?

João Baptista Pico disse...

Fere a paisagem envolvente?!
Será isso?
Na volta talvez sobre uma para cá...
Mas no açude, sobram pilares no ar em betão a pedirem um tabuleiro de ponte e foi construído um tunel no leito profundo do rio que dava outro viaduto: e pontes NADA!

D´Atalaia disse...

Ainda não consegui descortinar qual o objectivo destes comentadores,bordiais e CªLdª,uma vez que existe uma acentuada crise económica generalizada em todo o continente europeu,e da qual já todos nós a estamos a sentir. Pergunto: O que é que a curto ou a médio prazo, a ponte traria de benefício tanto ao povo português na genarelidade,como às gentes de Tramagal em particular?...Onde é que estão os investidores?...Porque será que esses não investiram quando existia possibidade?...Será agora que vão surgir com a crise no seu ponto mais acentuado?...Será melhor a ponte e outras obras públicas com custos alarmantes do que sair-mos da situação em questão, e depois sim contruir-mos o que se planeou?...Não seria melhor planear o desenvolvimento regional,preparar potenciais investidores para essa possibilidade de investimento (leia-se ponte)?...Por fim àh quantos anos o Tramagal e todo o concelho em geral, está em constante mutação residencial?...Será por causa da falta duma ponte?...Penso que não,mas também não sei porquê!...Ou por outra, tenho uma opinião mas não digo,porque ter opinião ofende bordiais e outros que tais.

João Baptista Pico disse...

A mutação residencial advém disso mesmo: a falta de uma ponte que colocasse Tramagal "dentro" de Torres Novas, Entroncamento, Constância e Abrantes a menos de meia dúzia de quilómetros...
Os 11 % de execução do QREN no distrito também não ajudou nada a ponte.
E na Barquinha ( se é essa a Atalaia) também não lhe agradava nada a ideia de uma ponte no Tramagal...
Pode o Atalaia ter todas as opiniões que quiser. Porém, quando contesta qualquer ponte no Tramagal, não pode esperar que alguém o possa apoiar e ainda por cima louvar e elogiar as suas opiniões...
Não intelectualmente honesta a proposta de primeiro chamar para o Tramagal os investidores e depois juntá-los - quiçá com a corda no pescoço - para se falar na ponte, quando sabemos que a Mitsubishi nada conseguiu ao fim de 21 anos...
Qual é a sua coerência?!

D´Atalaia disse...

Pesca-se em quantidade e qualidade «ENGODANDO O PESQUEIRO»...Qual será o engôdo para se fixar o envestimento?...«A PONTE»?...Talvez sim talvez não. E o engôdo para responsabilizar governos e autarquias?...Não será o desenvolvimento regional e local investindo? trabalhando? fixando a juventude oferecendo-lhe postos de trabalho...Não se esqueçam da MDF,que foi um dos maiores impulsionadores da economia Nacional e Regional!...Como foi possível «SEM PONTE»??? Será que a ponte servirá apenas para os camiões carregados de eucaliptos para a Figueira da Foz se desviarem da Vila Tramagalense.Aqui fica a questão.

João Baptista Pico disse...

Muito simples: 90 % do pessoal que aparecia à porta da MDF vinha a pé, com uma sacola às costas, uns porque moravam por perto e outros que eu conheci deixavam a bicicleta no Cais de Rio de Moinhos e atravessavam na barca.
Os engenheiros tinham boas moradias no bairro ali ao pé. Nem precisavam de carro. Em Abrantes e em Torres Novas ainda não existiam hipermercados e muito menos Centros Comerciais. Os produtos da terra e da capoeira colhiam-se aí a cada esquina e com boa qualidade. A praia era no rio Tejo. Não havia motonáutica no Castelo de Bode, nem havia estacionamentos no S. Lourenço. As carreiras iam até ao Centro Histórico de Abrantes - na velha garagem dos Claras.
Estar de um lado do Tejo a olhar para o outro, onde passa a A-23 e está a sede do concelho, a Praia da Bandeira Azul na Aldeia do Mato e continuar com a estrada de há 60 anos até ao Rossio, só nos serve para pensar como foi mesmo muito forte, muito duro e muito empreendedor o nosso Comendador, porque apesar desas terríveis limitações ainda conseguiu aguentar o barco até às últimas das suas forças.
E depois, não havia a "liberdade", nem o "cinismo" suficientemente descarado e atroz de um empresário honrado chantagear o Governo e a autarquia com a ameaça da deslocalização. Porque o dinheiro investido tinha-lhe custado o sangue, suor e lágrimas de uma vida, e nunca veio dos subsídios a fundo perdido, cozinhados com a "parceria" e as "cunhas" do sistema que há por aí agora.
O que escrevi não explica tudo. Porque muito do que explicou a MDF já deixou de existir. E o que ainda subsiste adquire-se desde os EUA, à Alemanha, e acabando na Índia e na China, tudo com subsídios da CE...
Claro que não bastava apenas a ponte a desembocar no coração do Tramagal. Era preciso saber dotar a EN 118 e outras ruas do Tramagal com os necessários e folgados espaços para estacionamento e zonas verdes, com edifícios com mais altura e maior número de pisos, mais largura de passeios, separadores centrais e ruas mais largas. Gonçalo Byrne esteve em Abrantes, mas ninguém soube colher dele aquela máxima muito sua: "a canibalização do espaço urbano", ( muitas casinhas sem dignidade de espaço urbano com qualidade de vida...)como existe no Tramagal, às carradas...
Para quê "diabolizar" a ponte, quando pelo Tramagal ainda pairam muitos esqueletos guardados nos armários?
São esses esqueletos que não deixam o Tramagal assumir-se com a dimensão de verdadeira Vila.
Entalada entre sete quilómetros de curvas diabólicas que desembocam num tunel com a dimensão de há 150 anos atrás mal chega ao Rossio a um lado, e uma ponte estreita, para os lados de Constância, não há futuro que convença os jovens a ficarem a olhar para a A-23, com o rio a meio caminho a barrar-lhes o caminho.

HORTA F's disse...

Não vou aqui entrar em pormenores na discussão sobre que tipo de ponte seria melhor para o Tramagal. O que digo é que estamos a falar de uma ponte com 300 m de tabuleiro ou mais e não 30.
Depois o Arripiado e a Carregueira benificiariam de uma nova ligação naquela zona, Constancia nem precisa de discussão, uma ponte para servir a vila tramagalense, outra para retirar o tráfego do Alto Alentejo da cidade de Abrantes, localizada na zona de Alferrarede, mais adiante outra para ligar o município gavionense à A23 e ainda mais à frente uma outra ponte para que a Amieira do Tejo sai-se do isolamento a que está condenada.

-Quantas pontes?

O que está em causa é o poder de reivindicação, para o qual os blogues são um excelente instrumento, colocando de lado as ideias pessoais e aquilo que gostavamos de ver na nossa terra, quando digo nossa digo Tramagal.

Eu não me preocupo minimamente com a evolução económica da Extremadura espanhola, nisto, os espanhois apesar das dificuldades sabem o que fazer para se desenvolver, o que não acontece com este lado da fronteira.
O que me preocupa é o não desenvolvimento do nosso país, o deixa andar e o encolher de ombros. Ignorar o potencial que um aeroporto em Badajoz significa para o Alto Alentejo é a mesma coisa que estar a entregar o potencial daquela região aos investidores espanhois, o que na verdade já acontece.
Se pudermos ter turistas que em pouco mais de 1 hora venham visitar a nossa região, depois de terem visitado Estremoz, Vila Viçosa, Elvas, Campo Maior ou Alter do Chão, será uma má ideia?

Andar a pensar que o Tramagal deve ter uma ponte para se servir a si próprio, com uma população de pouco mais de 3 mil habitantes, deixando o trânsito para o Alto Alentejo para outra ponte é simplesmente uma perca de tempo e de poder de reivindicação.

O que é preciso é juntar esforços, exercendo pressão para que a solução sugerida ande para a frente, mesmo que dela não gostemos e deixar para trás a ideia de querer um pontinha no nosso quintal.
Façam como entenderem.

João Baptista Pico disse...

Tivesse mil pessoas, merecia a ponte na mesma. E só a partir de uma ponte - que não é uma ponte qualquer, pois tem uma A-23 a passar a 3 km na margem oposta ao Tramagal - se pode pensar em desenvolvimento e em fixar jovens no futuro. Se não houver essa ponte para a A-23 que é o corredor de trânsito para Lisboa, Porto e Castelo Branco, que nos pode salvar, Tramagal não poderá mais ser uma terra com futuro.
O Alto Alentejo não dá o que a A-23 já deixa ver passar ao lado do Tramagal, na margem oposta.
O IC 9 pode não ser o melhor para os interesses do Tramagal, pois pode continuar a ser ignorada por todo esse trânsito que se imagina vir um dia a passar por lá, mas para a Extremadura espanhola, para o Alto Alentejo e nunca para virem ao Tramagal e entrarem no Tramagal.
Veja-se o despautério com a ideia de ir construir nova Zona Industrial a 2 km fora do Tramagal para a beira do novo IC 9. Isso é uma ideia perigosa demais para a economia já instalada no Tramagal.
Ninguém está aí a nadar em dinheiro para mudar de instalações e abandonar as velhas instalações, sem saber quem as quer comprar. Quem paga essa mudança tão radical?
Poderiam dizer que a nova Zona era só para os novos investidores que viessem para cá pela primeira vez. Certo.
E então os velhos investidores ficavam a um lado, abandonados?!
Será que temos sempre que fazer o "novo e o bom", só para os que vêm de fora e os decá, dar-lhe um bilhete para zarparem daqui para fora?
Quantas pontes se fizeram neste país, que não têm 5 mil habitantes nas margens?
Tramagal e Rio de Moinhos e Montalvo e Constância, Martinchel e o Castelo de Bode , Tomar são tudo populações que se serviriam dessa ponte. Não esquecer Santa Margarida, S. Miguel mesmo ao lado.
E toda a dinâmica daí decorrente.
Agora sem ponte e com aquelas curvas para o Rossio é que tenha a santa paciência, não esperem melhoras...
E com o IC 9 sem Tramagal desperta, e pujante, seria uma morte anunciada...

A rota turística com interesse e majoração que nos conforta pela proximidade a Abrantes passa por Fátima, Ourém, Tomar, Santarém e Zona Oeste e Lisboa. E o Tramagal só lá chega ligando-se à A-23...