Terminou ontem o período de consulta pública da avaliação ambiental do estudo prévio do "IC9 - Lanço Abrantes - Ponte de Sôr", onde se insere, no "trecho 1", uma travessia sobre o Tejo nas proximidades de Tramagal. A entidade responsável pelo processo de avaliação de impacte ambiental (AIA), "autoridade de AIA", é a Agência Portuguesa do Ambiente , a solicitação da Estradas de Portugal, S.A. , de acordo com o regime jurídico de avaliação ambiental em vigor .

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Enquanto durou a consulta pública do estudo de impacte ambiental (EIA) decorreu neste blogue a sondagem: "Qual das alternativas do "Trecho 1" do "Lanço Abrantes - Ponte de Sôr" do futuro IC9 merece a sua concordância?" . Os resultados foram: Alternativa 1 - 14 votos (39%); Alternativa 1A - 6 votos (17%); Nenhuma delas - 16 votos (44%).

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Em minha opinião, analisado especialmente o proposto para o troço entre a AE23 e o Tramagal, considero que as propostas estudadas, de traçado e perfil de estrada, não são boas: sinuosa, com subidas e descidas desnecessárias, tem mais quilómetros que os precisos, vai implicar maiores custos de construção e exploração, assim como maiores riscos de acidente do que outras soluções possíveis.

A expansão da rede parece pensada exclusivamente para ligar a AE23 ao IC13, apenas "concedendo" uma ligação à nossa Vila. De realçar que no projecto todo o trânsito que pretenda aceder à ponte e ao IC9 terá que entrar na futura rotunda junto ao Ecomarchée (ela própria com alguns problemas para implantação...): por exemplo um carro que saia de Chão de Lucas, ou de São Miguel do Rio Torto, ou do Rossio ao Sul do Tejo, ou do Pego, não querendo andar "ao para trás" para apanhar o nó Bicas/São Miguel do Rio Torto, tem que vir aí para entrar nos acessos à futura ponte. Faz sentido?

Considerando que não é todos os dias que se faz uma ponte (este estudo já anda em análise há quase 10 anos!), é pena que a nova travessia não sirva melhor ao desenvolvimento local nem melhore significativamente a acessibilidade das localidades da margem Sul, à margem Norte, à Cidade de Abrantes, e à AE23: ainda não será desta que se constrói a ponte de que o Tramagal precisa?

Apesar disso, solicitei no âmbito da consulta pública que, pelo menos, se adoptassem em projecto de execução, as seguintes sugestões:
a) Escolha do traçado mais próximo ao Tramagal – Alternativa 1A;
b) Construção de uma "ponte polivalente": que permita a circulação de todo o tipo de veículos e peões, com a largura suficiente para salvaguardar futuro alargamento do número de faixas;
c) Criação de uma ligação dos acessos da ponte à EN 118 e à EM que conecta Tramagal com São Miguel do Rio Torto na área do Caldeirão;
d) Criação de uma rotunda na Variante à EN118, na zona do Cabeço do Moinho de Vento para permitir acesso de tráfego no cruzamento dessa via com a EM que liga Tramagal às Bicas.