Aqui há duas semanas atrás o Expresso noticiava que para ajudar a resolver um problema de contaminação de solos uma empresa contratou um escritório de advogados especializado em questões de Ambiente para "acautelar a existência de eventuais crimes ambientais à luz da nova legislação comunitária" e está a usar os serviços da agência de comunicação LPM .
Guardei para comigo, pensando se não seria mais normal terem anunciado a contratação dos engenheiros que hão-de fazer os projectos de descontaminação...
Voltou-me à memória esta história a propósito do comunicado que encima os destaques da página da Câmara Municipal de Abrantes desde há uns dias. Também aí, ao invés de informação das exactas medidas tomadas para acabar com a poluição, encontrei uma estratégia de comunicação para esclarecer um pormenor de redacção de ofício, ou a efectivação de uma coima, coisa de "advogado especializado em questões de ambiente".
Li também no jornal ABARCA mais alguns esclarecimentos.
Decidi não guardar para mim a seguinte reflexão: não seria mais normal os serviços públicos informarem quantos m3 estão a ser despejados? Em que área e rede têm origem as águas residuais? A quantos habitantes correspondem? Existem dados da qualidade da água no meio receptor?... Não seria útil a população saber disso? Julgo que sim. Dessa forma podia lidar melhor com o problema, proteger-se, ou, por exemplo, aferir se uma "etar compacta" é de facto o "sistema que confere uma resposta imediata". Quanto tempo demora a estar operacional? Não é viável, de imediato, o transvaze com recurso a camião?
Era bom saber se no Verão podemos mandar um mergulho na Cachoeira.
E já agora, o tratamento dos esgotos do Crucifixo está a ser bem feito? No outro dia não me cheirou bem o que vi aqui:
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