Este é o meu cartaz preferido do 25de Abril. Diogo o menino a que sujaram os pés para a fotografia.
«O menino que há 35 anos, com apenas três anos de idade, foi fotografado por Sérgio Guimarães, descalço, esfarrapado, a colocar um cravo numa G3, chama-se Diogo Bandeira Freire e, como o nome indica, é filho de Pedro Bandeira Freire que, naquela altura, era tudo menos um proletário. Na verdade, era o proprietário dos cinemas Quarteto e o seu estilo de vida estava longe do de um operário da SeteNave residente na Margem Sul. Em 2006, aquando das comemorações do dia 10 de Junho, o Presidente da República, Aníbal Cavaco e Silva, encontrou-se com Diogo Bandeira Freire - nessa altura com 35 anos - em Serralves, no Porto, para o homenagear. O “menino” tinha ido há 18 anos estudar para Inglaterra onde ainda vivia e onde era director financeiro de uma empresa de distribuição. Entretanto, apaixonara-se por uma inglesa de quem tem um filho. Em 2001, quando acabou o curso, quis regressar a Portugal, mas não tinha emprego e por lá continuou. Até à data em que foi contactado pela Presidência da República para estar presente nas referidas comemorações do Dia de Portugal, o "revolucionário" Diogo nunca tinha votado, nem em Portugal, nem em Inglaterra, porém afirmava envergonhar-se desse facto.»
Esta cartaz mostra-nos o que Abril foi... uma encenação. Poderia ter uma revolução, uma revolução de mentalidades.
Deus o proteja, (não que eu acredite, agnóstico que sou), mas, Pedro, só alguem que nada sabe; e já não digo que sem LIBERDADE tenha vivido, mas reafirmo, só alguem que nada sabe do que era Portugal no pré 25 de Abril pode escrever aquilo que eu li.
Publiquei abaixo uma fotografia feita numa fotografia de Eduardo Gageiro tirada na manhã de 25 de Abril de 1974. Pedro, tento comentar o comentário em que classifica Abril como encenação e não consigo.
Porventura, apesar de agnóstico, acreditará PIAMENTE em tudo o que se disser que contradiga o que o comentário anterior pretenda esclarecer.
Acreditará, com certeza, que no dia 25 de Abril de 1974 brotaram como cravos as mentes esclarecidas que jamais o nosso país anteriormente produzira.
E "reafirmando que só alguém que nada sabe do que era Portugal no pré 25 de Abril pode escrever aquilo que li", (é esta a sua frase) pretende, julgo eu e porque é anónimo, justificar que tem 35 e mais os "n" anos necessários para ser um conhecedor de tais factos, porque os viveu, ou então alguém que os estudou posteriormente e não será demais pedir-lhe que os coloque à disposição dos habituais frequentadores desta(s) páginas.
Mas, por mais esclarecidos que sejamos, NUNCA PODEREMOS IGNORAR as encenações que existem em todas as revoluções. Porque elas existem.
Como já afirmei noutro espaço não é minha intenção criar polémicas mas sim tentar contribuir para que o teor dos "posts" seja construtivo e não se caia na tentação endémica da nossa terra de produzir "cantigas de mal dizer".
A felicidade que é podermos expressar as nossas opiniões livremente, defendendo ideias, convicções, utopias e que hoje consideramos tão natural como respirar. Houve tempos que não era.
Impensável (criminalmente) antes de ABRIL.
Tantas gentes brilhantes que foram castradas, até mesmo pagando o seu atrevimento com a própria vida e que nunca viraram as costas á luta (muitas vezes na clandestinidade) contra os energúmenos que piamente encarneiravam na unanimidade ou que nela vegetavam, tolerando-a.
As mentes esclarecidas sempre as ouve em todos os tempos, até mesmo nestes, (e por ilógico que possa parecer), até no seio do ditatorial regime elas existiam. O que não havia era LIBERDADE.
Debater e conhecer a nossa revolução deveria ser um imperativo, as suas virtudes e defeitos, inserindo-a no contexto dos anos de plena Guerra Fria, do Vietname, do vizinho Franco, da chaga ainda hoje fremente do Médio Oriente, dos Impérios colonialistas, da América Latina em convulsão e de tantos outros, mas fundamentalmente de nós, NÓS PORTUGUESES, sem pão, sem educação, sem justiça, sem..... LIBERDADE.
Cada vez duvido mais se a ignorância de hoje não será mais confrangedora do que a contra a qual tantos deram a sua vida e a dos seus combatendo-a.
s. f. Disposição de quanto é necessário para pôr em cena uma peça.»
Esta fotografia, o comentário era sobre a fotografia, foi de facto uma encenação. Refiro-me a factos concretos e assumidos pelos intervenientes O 25 de Abril no plano operacional foi, também, uma encenação, cf. com entrevista concedida a Paulo Moura por Otelo S. Carvalho [OTS] publicada no Público de 2009.04.24,nela OTS assume que tinha uns planos colados com cuspo com «croquis» feitos por um primo da GNR e dum ex-prisioneiro de Caxias. Assume, ainda, e esta parte é grave que mentiu a Salgueiro Maia. Enquanto Salgueiro Maia arriscava a vida, OTS estava, tranquilamente no «phone center» [ficou conhecido como PC] da Pontinha. Todas as mudanças têm os seus heróis, este golpe de estado militar, também os tem, na minha opinião Fernando Salgueiro Maia, outros identificar-se-ão mais com OTS.
8 comentários:
Este é o meu cartaz preferido do 25de Abril.
Diogo o menino a que sujaram os pés para a fotografia.
«O menino que há 35 anos, com apenas três anos de idade, foi fotografado por Sérgio Guimarães, descalço, esfarrapado, a colocar um cravo numa G3, chama-se Diogo Bandeira Freire e, como o nome indica, é filho de Pedro Bandeira Freire que, naquela altura, era tudo menos um proletário. Na verdade, era o proprietário dos cinemas Quarteto e o seu estilo de vida estava longe do de um operário da SeteNave residente na Margem Sul.
Em 2006, aquando das comemorações do dia 10 de Junho, o Presidente da República, Aníbal Cavaco e Silva, encontrou-se com Diogo Bandeira Freire - nessa altura com 35 anos - em Serralves, no Porto, para o homenagear.
O “menino” tinha ido há 18 anos estudar para Inglaterra onde ainda vivia e onde era director financeiro de uma empresa de distribuição. Entretanto, apaixonara-se por uma inglesa de quem tem um filho. Em 2001, quando acabou o curso, quis regressar a Portugal, mas não tinha emprego e por lá continuou.
Até à data em que foi contactado pela Presidência da República para estar presente nas referidas comemorações do Dia de Portugal, o "revolucionário" Diogo nunca tinha votado, nem em Portugal, nem em Inglaterra, porém afirmava envergonhar-se desse facto.»
Esta cartaz mostra-nos o que Abril foi... uma encenação.
Poderia ter uma revolução, uma revolução de mentalidades.
Errata:
Este é o meu cartaz «preferido» do 25 de Abril.
Diogo o menino a quem sujaram os pés para a fotografia.
Este cartaz mostra-nos o que Abril foi... uma encenação.
Poderia ter sido uma revolução, uma revolução de mentalidades.
Deus o proteja, (não que eu acredite, agnóstico que sou), mas, Pedro, só alguem que nada sabe; e já não digo que sem LIBERDADE tenha vivido, mas reafirmo, só alguem que nada sabe do que era Portugal no pré 25 de Abril pode escrever aquilo que eu li.
Publiquei abaixo uma fotografia feita numa fotografia de Eduardo Gageiro tirada na manhã de 25 de Abril de 1974. Pedro, tento comentar o comentário em que classifica Abril como encenação e não consigo.
Sr. Anónimo 17:16
Porventura, apesar de agnóstico, acreditará PIAMENTE em tudo o que se disser que contradiga o que o comentário anterior pretenda esclarecer.
Acreditará, com certeza, que no dia 25 de Abril de 1974 brotaram como cravos as mentes esclarecidas que jamais o nosso país anteriormente produzira.
E "reafirmando que só alguém que nada sabe do que era Portugal no pré 25 de Abril pode escrever aquilo que li", (é esta a sua frase) pretende, julgo eu e porque é anónimo, justificar que tem 35 e mais os "n" anos necessários para ser um conhecedor de tais factos, porque os viveu, ou então alguém que os estudou posteriormente e não será demais pedir-lhe que os coloque à disposição dos habituais frequentadores desta(s) páginas.
Mas, por mais esclarecidos que sejamos, NUNCA PODEREMOS IGNORAR as encenações que existem em todas as revoluções. Porque elas existem.
Como já afirmei noutro espaço não é minha intenção criar polémicas mas sim tentar contribuir para que o teor dos "posts" seja construtivo e não se caia na tentação endémica da nossa terra de produzir "cantigas de mal dizer".
Saudações Tramagalenses e boa noite.
Luís Sirgado
A felicidade que é podermos expressar as nossas opiniões livremente, defendendo ideias, convicções, utopias e que hoje consideramos tão natural como respirar. Houve tempos que não era.
Impensável (criminalmente) antes de ABRIL.
Tantas gentes brilhantes que foram castradas, até mesmo pagando o seu atrevimento com a própria vida e que nunca viraram as costas á luta (muitas vezes na clandestinidade) contra os energúmenos que piamente encarneiravam na unanimidade ou que nela vegetavam, tolerando-a.
As mentes esclarecidas sempre as ouve em todos os tempos, até mesmo nestes, (e por ilógico que possa parecer), até no seio do ditatorial regime elas existiam. O que não havia era LIBERDADE.
Debater e conhecer a nossa revolução deveria ser um imperativo, as suas virtudes e defeitos, inserindo-a no contexto dos anos de plena Guerra Fria, do Vietname, do vizinho Franco, da chaga ainda hoje fremente do Médio Oriente, dos Impérios colonialistas, da América Latina em convulsão e de tantos outros, mas fundamentalmente de nós, NÓS PORTUGUESES, sem pão, sem educação, sem justiça, sem..... LIBERDADE.
Cada vez duvido mais se a ignorância de hoje não será mais confrangedora do que a contra a qual tantos deram a sua vida e a dos seus combatendo-a.
RL
«encenação
s. f.
Disposição de quanto é necessário para pôr em cena uma peça.»
Esta fotografia, o comentário era sobre a fotografia, foi de facto uma encenação. Refiro-me a factos concretos e assumidos pelos intervenientes
O 25 de Abril no plano operacional foi, também, uma encenação, cf. com entrevista concedida a Paulo Moura por Otelo S. Carvalho [OTS] publicada no Público de 2009.04.24,nela OTS assume que tinha uns planos colados com cuspo com «croquis» feitos por um primo da GNR e dum ex-prisioneiro de Caxias.
Assume, ainda, e esta parte é grave que mentiu a Salgueiro Maia. Enquanto Salgueiro Maia arriscava a vida, OTS estava, tranquilamente no «phone center» [ficou conhecido como PC] da Pontinha.
Todas as mudanças têm os seus heróis, este golpe de estado militar, também os tem, na minha opinião Fernando Salgueiro Maia, outros identificar-se-ão mais com OTS.
De facto não posso estar mais de acordo com o anónimo, subscrever o RL e agir em total concordancia com TZ.
Chiça!
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