12.2.09

A evolução, o Tramagal e a crise

É vulgar fazer-se analogia entre uma cidade, ou outro aglomerado populacional, e um ser vivo. Dizemos que uma terra nasceu, ou está a morrer, que tem artérias principais, ou que um jardim, um pinhal, é o seu pulmão. Ao Tramagal, até o imaginamos reproduzido nos lugares onde se estabeleceu a "diáspora".
No aniversário de Darwin, forjo a evolução do Tramagal como resultante de condições ambientais genericamente favoráveis ao desenvolvimento, apesar da terra se dispôr num anfiteatro virado a Norte, como produto de mutações importantes, especialmente nos 100 anos da industrialização, de variadas recombinações produzidas no cruzamento da imigração, do crescimento, da comunicação, do associativismo, como um território que, apesar de tudo, soube e sabe adaptar-se, resistir, sobreviver... ir à selecção.
Há tempos li sobre a influência das catástrofes na evolução da vida (siga-se a caminho de Toba, por exemplo), e recordo a ideia de que quando há 70 milhões de anos se extinguiram os bem adaptados dinossauros, os nossos antepassados eram "uma espécie" de ratos, uns bichitos fugindo de uma pisadela ou de ser sorvidos por algum carnívoro. Do fenómeno que provocou a extinção massiva surgiu a oportunidade para os bichitos de sangue quente fazerem o seu caminho.
Continuemos "mal acomparando": a catástrofe está para a evolução como uma crise para o Tramagal. O Tramagal passou por uma grande crise na primeira metade dos anos 80 ...

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