A do castanho está velha e a velha está imprópria para consumo.

As fontes e fontanários do Tramagal já não matam a sede a ninguém, morrem inúteis, ao abandono, sem rede. Dão que pensar:

Se pagamos empreitadas como o Aquapólis de Abrantes porque é que não temos uns euros para usar na gestão e manutenção da rede de fontes e fontanários do Concelho? Estaremos a pensar demoli-los? Ou puxar-lhes fogo? Em vender para o ferro velho? Os serviços autárquicos não têm pedreiros e canalizadores suficientes? Estamos à espera que o QREN decida sobre a candidatura da "Rota das Torneiras do Tramagal"?

Ah e quê que se correr água vêm com mangueiras, e a lavar carros, e é um desperdício, e só com contadores, e depois ainda os partem, e a junta também não tem dinheiro para pagar a água (e os SMA iam fazer um contrato em nome da junta?), e aquelas torneiras novas de pressão estragam-se muito, e os vândalos partem tudo...

E há algum problema em ligar uma mangueira para dar banho aos putos num dia de Verão, ou no lavar os vidros antes da viagem de Inverno, ou em molhar alguém numa brincadeira primaveril?

Poupemos água: está certo. Mas poupem-nos: esta água não deve ser da mais cara, dessa do Castelo do Bode, que está à espera da ponte para passar para cá. Esta dantes corria mesmo quando não havia na rede, e agora não corre.

Felizmente, já não é pelo número de fontanários que medimos o atendimento do saneamento. Mas o estado em que se encontram são um sinal de desenvolvimento, até um indicador ambiental. A água é um elemento fundamental no espaço público - que sentido fazem os Largo da Fonte e Largo do Fontanário, no Crucifixo, se eles lá não estiverem?

É exegível que as fontes e fontanários funcionem. Não é pedir muito, não são novos mamarrachos, que isso temos para a troca, o Tramagal precisa de:

O marco do jardim no jardim (coloquem-se também bancos confortáveis);

O arranjo de todas as fontes e fontanários com a limpeza das respectivas envolventes.

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P.S.: Por coincidência, também hoje se falou deste assunto no "Muro de Barulho" (Rádio Tágide; às 3ªs, 21-22h).