31.10.08

3 comentários:

Anónimo disse...

OE 2009: "Estado manterá elevado nível de investimento público" - José Sócrates Tramagal, Abrantes, 24 Out (Lusa)
- O Estado vai manter o alto nível de investimento público para fazer face à actual crise financeira, afirmou hoje o primeiro-ministro José Sócrates, anunciando também novos projectos de obras públicas no Tramagal.
13:58 | Sexta-feira, 24 de Out de 2008

Tramagal, Abrantes, 24 Out (Lusa)
- O Estado vai manter o alto nível de investimento público para fazer face à actual crise financeira, afirmou hoje o primeiro-ministro José Sócrates, anunciando também novos projectos de obras públicas no Tramagal.

"Esta é uma crise que acontece uma vez na vida e é importante que o investimento público acompanhe o investimento privado", disse o primeiro-ministro, em discurso na cerimónia de apresentação do sucessor do modelo Fuso Canter da Mitsubishi, onde a empresa anunciou um novo investimento na unidade do Tramagal.

"O estado manterá um elevado nível de investimento público que está implícito no Orçamento de Estado, nomeadamente apoiando as empresas e as famílias mais necessitadas", acrescentou José Sócrates.

Sócrates anunciou como parte deste investimento público estatal o apoio à construção da ponte sobre o Tejo na zona do Tramagal, que permitirá a ligação do IC9 entre Abrantes e Ponte de Sor.

MYF/RBV "Lusa"

E ESTA...HEM?????

PS: "To be, or not to be: that is the question" disse o outro Sócrates e sem Lusa!

Anónimo disse...

Eu estou como São Tomé, só acredito em pontes quando, pelo menos, vir alguma coisa escrita, e não é pela agência lusa. Seria uma verba no OE, uma resolução do conselho de ministros a mandar a estradas de portugal fazer ou um projecto. Vá lá, admito que um estudo prévio já teria algum interesse, desde que não fosse desses baratos como se fizeram para o aeroporto da Ota...
Isso tenho procurado e não encontro. Talvez seja eu que não saiba procurar, mas se continuar sem saber perguntarei formalmente e parece que no caso terão 10 dias para me dizer qualquer coisa. A prática nacional de participação pública e promoção do acesso à informação exemplifica o país: tem uma legislação das melhores do mundo mas na realidade é muito má.
Escondem-se até à última as decisões, surgindo como factos consumados que o povo tem que aceitar e aguentar. Em casos como o da ponte do Tramagal, o que se pretende também é fazer brilhar a estrela política que há-de fazer um anúncio...truques velhos em continuamos a cair...com papas e bolos ...
TZ

Anónimo disse...

ONTEM:
Com um passado riquíssimo, esmagadoramente inexplorado e ignorado pelo conhecimento público, mas com afloramentos conhecidos (de registos paleolíticos, a árabes, de balneários romanos a Reis e batalhas, de revoluções a profissões de fé, de irrepetíveis manifestações culturais a fervorosas e por vezes incompreensíveis lutas, extraordinárias lendas e históricos registos, sublimes artes e incomensurável solidariedade, salutar convívio e inexcedível saber, soberba natureza e vanguardista industria... etc., etc.), é possível e relativamente fácil tomar conhecimento pela rama das muitas preciosidades que estão na génese da palavra TRAMAGAL.
Poucos desses tesouros estão a salvo, alguns deles sonegados à ignorância, por particulares, talvez indevidamente, mas carinhosamente deles (provavelmente) usufruindo, pois se não, votar-se-ão à ruína ou ao abandono e à vertiginosa delapidação, mas não tenhamos duvidas, estarão irremediavelmente sem fuga à vassoura do tempo, perante a indiferença da coisa pública, que para eles deveria estar muito mais que atenta. Outros, em vagarosa reabilitação ou envergonhada estima, vão sobrevivendo, mal amados por uns mas por outros admirados que com carolice insistem esforçadamente em contrariar o seu esquecimento. Reconhece-se ainda uns poucos que levianamente vão registando o seu potencial e espicaçando o intrínseco bairrismo, apontando janelas de oportunidade, carregando estandartes que uma minoria curiosamente aplaude, muitas das vezes e apenas em comensais reuniões de “Marias” e “Manéis”.

HOJE:
Com uma população esmagadoramente envelhecida, (4 043 habitantes segundo censo de 2001), integrada numa franja etária que está em consonância (infelizmente!) com muitas das vilas e aldeias desta “jangada de pedra”, TRAMAGAL, que em 1986 obteve a elevação a Vila, foi incapaz de se inovar.
Presa à potente influência industrial, que marcou indelevelmente a história do tecido urbano, dos hábitos e das suas gentes durante um século, descaracterizou-se da sua predominante influência agrícola.
Vila como tantas outras, sujeita indiscriminadamente à tendência da voraz globalização sem escamotear as implicações de um castrador poder local (nacional, internacional), somados a outros pecados capitais, o TRAMAGAL demonstrou inadaptação para impedir durante décadas a fuga de muitos dos seus filhos e os que estoicamente foram ficando, vão a pouco e pouco integrando o coro dos que lambendo as suas feridas com saudades do passado, denotam (com raras excepções), funesta incapacidade de potenciar localmente o leque de oportunidades nos vários sectores da economia, intrínsecas e transversais a todos os Tramagalenses, estranhamente sem rasgo de empreendedorismo, que sempre foi apanágio destas gentes.
No entanto, com o virar do Milénio, este TRAMAGAL, qual Fénix, dá sinais interessantes de alguma revitalização, alavancada em poucos (mas bons conterrâneos), que anseiam partilhar memórias desfrutadas na infância e buscam cenários não adaptáveis á urbe e ao seu equilíbrio mas com pertinência de não menos interesse, tirando do baú do tempo fantásticos pedaços e não parando de espicaçar de mangas arregaçadas gente atenta, com propostas, ideias e salutar debate de opiniões, alguma delas embora caricatas não deixam de ter uma função de rastilho para despertar consciências.

AMANHÃ:
A génese da coisa está lá, os caboucos existem, apesar de o edifício ter sofrido forte abalo.
Não se julgue que o renascimento da Vila se poderá dissociar da sua verdadeira e perfeita integração na zona Urbana e Regional que de direito integra. Olvidar o enaltecer das suas potencialidades naturais, desprezando o rio Tejo e a ribeira de Alcolobre, voltando as costas a infra-estruturas desportivas em perfeita ruína, deixar apodrecer patrimónios culturais como o “Teatro”e a “Biblioteca”, nada contrapor ao desmoronar da história industrial, não trazer para a ribalta vultos proeminentes, marcos arquitectónicos, gastronómicos, vinícolas, agrícolas e mesmo de alguns recursos naturais e históricos, é, obviamente, erro crasso.
Como reza a lenda, D. Leonor proferiu (profeticamente, em minha opinião) a lapidar frase: “mas que grande Tramagal”. As GRANDES gentes que fazem o Tramagal, Crucifixo, Coelheira, Barrocas e Chão de Lucas, Ribatejanos de gema, com aragens Beirãs e sopros Alentejanos, de rija cepa, saberão superar a travessia destes tempos inóspitos, ciente que para uma população actual que praticamente iguala o número de trabalhadores que há quatro décadas queimava querer e saúde na produção da MDF, estará à altura de superar os desafios do séc. XXI, assim saibam, o poder publico e privado dinamizá-las, encorajá-las e dar-lhes condições para.
Enganem-se os que julgam que panaceias superficiais serão soluções.
Sem que se crie pólos de atracção, quer sejam económicos, industriais ou turísticos, mesmo com melhores acessibilidades, estas não implicarão que o viajante que por elas circule sinta a mais pequena vontade de a visitar, desfrutar e mesmo eventualmente parar para criar raízes na Vila Convívio (mesmo com terrenos a cêntimos o metro quadrado).