NOTICIÁRIO
Mitsubishi negoceia expansão da fábrica no Tramagal
A Mitsubishi do Tramagal está a negociar com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) a expansão da sua fábrica, com o objectivo de duplicar, ou mesmo triplicar a produção do modelo Canter, fixada actualmente em dez mil veículos. Jorge Rosa, presidente da Mitsubishi Fuso Truck Europe, confirmou ao DN que o projecto, "ainda em fase inicial", vai permitir à unidade laborar com dois turnos, "podendo empregar 900 pessoas", contra as actuais 450.O investimento, explicou Jorge Rosa, tem por objectivo "criar condições para a expansão da fábrica". Não se trata de construir uma nova linha de montagem, mas de "aproveitar melhor as condições existentes". O investimento previsto pode aumentar a produção até às 30 mil unidades, possibilitando à fábrica exportar para novos mercados. Actualmente, a Mitsubishi exporta 90% da sua produção para 28 países europeus e é a única fábrica do grupo japonês a fabricar o modelo Canter na Europa. O mesmo responsável quer alargar o número de países para onde exporta, principalmente para fora do Continente europeu.Questionado sobre o montante do investimento em causa, Jorge Rosa salientou que ainda não se passou a essa fase de discussão, mas referiu que a Mitsubishi do Tramagal está a posicionar-se para poder receber o modelo que irá suceder à Canter a partir de 2011, mas cuja decisão "será tomada dentro de um a dois anos". A fábrica do Tramagal recebeu, em 2005, investimentos de 30 milhões de euros, para produzir a actual versão da Canter.Durante a visita que o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, realizou ontem à unidade no âmbito do programa "Novas Oportunidades", Jorge Rosa referiu que o grande problema da fábrica "são as acessibilidades". A ligação da fábrica da Mitsubishi à auto-estrada A23 é uma velha aspiração da administração da unidade, que para tal reclama a construção de uma ponte junto do IC9. Mas as críticas não se dirigem unicamente às Estradas de Portugal, mas também à Refer, entidade gestora da rede ferroviária nacional, que "não criou até há data condições de operacionalidade" da linha do Oeste (da Beira Baixa*), que passa junto à fábrica. A interligação da linha com a fábrica é "inexistente", apesar da unidade operar desde 1964.Actualmente os veículos saem da fábrica por via rodoviária. Uns seguem directamente para os mercados de destino por camião, como os casos de Espanha e França. Para os mercados mais longínquos, como a Dinamarca e a Noruega, os veículos seguem por camião até ao porto de Setúbal, e daí são exportados por via marítima. Este ano, a fábrica estima encerrar o ano com 10 500 veículos produzidos, valor que deverá subir para 11 200 em 2008. O volume de vendas irá fixar-se, segundo as estimativas, em 209 milhões de euros.LEONOR MATIAS
*ignorância americana: quase nenhum americano sabe onde fica a Beira Baixa?
*com 9 meses, esta notícia está velha? ou ainda não nasceu?
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